Raúl Alarcón, vencedor das edições de 2017 e 2018, é o grande ausente da Volta a Portugal, porém as alternativas dos dragões são muitas e com características distintas
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Raúl Alarcón, vencedor da Volta a Portugal em 2017 e 2018, está fora dos planos da W52-FC Porto para a Volta a Portugal, consequência da queda sofrida no GP Abimota e que lhe originou problemas num joelho e a fratura de uma clavícula.
Sem o espanhol, a W52-FC Porto continua favorita à conquista da Grandíssima? Sim, continua. O elenco disposição do diretor-desportivo Nuno Ribeiro continua a contar com ciclistas como Edgar Pinto, António Carvalho, Ricardo Mestre, João Rodrigues e Gustavo Veloso, homens potencialmente apontados aos lugares cimeiros da geral.
Veloso entra para o lugar de Alarcón e, embora longe da forma que protagonizou nas corridas de 2014 e 2015, será um nome de respeito para as outras equipas, já que tem duas vitórias na Volta. Edgar Pinto, o corredor recrutado à Vito-Feirense, tem sido o maior destaque internacional: foi quinto na Volta a Turquia, prova de World Tour, quinto em Aragão e quarto nas Astúrias. Tem um percurso com três subidas duras (Torre, Larouco e Senhora da Graça) e topos mais explosivos onde pode fazer a diferença, daí que possa ser, à partida, o mais protegido. Ricardo Mestre conquistou o Grande Prémio JN e já venceu uma Volta, na altura pelo Tavira. Tem o contrarrelógio de 20km nos Aliados como possível trunfo, um pouco à imagem de António Carvalho que tem vindo a melhorar também nas subidas e que foi vital para os últimos dois triunfos de Alarcón.
De perfil semelhante a Carvalho estará também João Rodrigues. O algarvio foi nono na Volta ao Algarve e venceu a Volta ao Alentejo.
De perfil semelhante a Carvalho estará também João Rodrigues. O algarvio foi nono na Volta ao Algarve e venceu a Volta ao Alentejo. A dúvida é se voltará ao bom momento aí apresentado, mas tem um percurso duro, como gosta, e com um crono final que o favorece. O nível da W52-FC Porto tão alto que foi preciso excluir homens como Rui Vinhas ou Joaquim Silva, porém a ambição do projeto de Sobrado é ganhar pela sétima vez consecutiva.
Qualquer um dos mencionados pode mexer decisivamente com a corrida, relembrando como Vinhas, em 2016, acabou por vencer depois de ganhar um avanço determinante numa fuga. O mesmo Vinhas que confidenciou a O JOGO alguma "mágoa" por não estar presente, mas deixando a garantia: "Temos uma grande equipa. Percebo o facto de ficar de fora porque o nível é muito forte. Vou estar ao lado deles para apoiar."
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