Selecionador traça objetivo português e revela "atenção especial" a um adversário
Paulo Jorge Pereira fez a antevisão do jogo de domingo com a Islândia.
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O selecionador Paulo Jorge Pereira defendeu este sábado que a seleção portuguesa de andebol terá de manter-se próxima da perfeição para vencer a Islândia, num jogo do Euro'2020 em que só recorrerá ao sistema atacante "sete contra seis" por necessidade.
"Ontem [sexta-feira] fizemos um jogo quase perfeito e amanhã [domingo] temos de estar muito próximo desse nível", advertiu Pereira, lembrando o histórico triunfo (35-25) sobre a vice-campeã Suécia, para antecipar o encontro com a Islândia, em Malmo, cidade sueca que é a anfitriã do grupo II da ronda principal do torneio.
O treinador considerou que os islandeses "são melhores a atacar do que a defender, mas são bons nas duas" situações, e que têm atiradores "de eleição", com destaque para o lateral esquerdo Aron Palmarsson, que merecerá "uma atenção especial" dos defensores lusos.
"Tem uma primeira linha ótima e uma defesa híbrida, que obriga a que as equipas se adaptem a essa alteração e nós estamos a preparar o jogo no sentido de nos adaptarmos bem a essa mudança defensiva. É difícil encontrar pontos fracos, mas lá encontrarei alguns para poder explorar", assinalou.
Apesar de a Islândia ainda não ter pontuado na segunda fase, Paulo Pereira lembrou que os nórdicos ainda têm objetivos na prova - "de certeza que não desmontaram a tenda" -, e terão no jogo de domingo, com início às 14h00 (13h00 em Portugal continental), uma última oportunidade de os continuarem a perseguir.
"Vai ser um jogo difícil, mas que podemos perfeitamente ganhar. Temos soluções para todos os problemas que a Islândia nos possa colocar, a não ser que nos coloquem um problema diferente dos que até agora colocaram às outras equipas", sustentou.
Quanto aos problemas que Portugal poderá colocar aos islandeses, o sistema "sete contra seis" parece incontornável. Ou não: "Ontem [sexta-feira], a Suécia não teve alternativa. Não sei se a Islândia terá, mas também não sei se vou jogar com 'sete contra seis'. Depende de como correr o jogo, da necessidade, porque é sempre um risco, pois não há guarda-redes".
"Às vezes jogamos porque temos de correr esse risco. Já houve jogos em que jogámos 'sete contra seis' e perdemos, nomeadamente, com a Noruega. É mais uma opção que o treinador tem. Ainda por cima temos jogadores que interpretam muito bem esse sistema, mas se pudermos jogar seis contra seis e ganhar, eu prefiro", admitiu.
Paulo Jorge Pereira rejeitou, para já, comentar a possibilidade de a equipa das quinas lutar por um lugar nas meias-finais, mantendo-se fiel ao objetivo de melhorar o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia, o ponto alto da participação portuguesa no Europeu.
"O objetivo é mesmo melhorar o sétimo lugar obtido em 2000 com aquela brilhante equipa, talvez uma das melhores gerações de sempre, se calhar a melhor mesmo... ou poderemos ter aqui a melhor. Não sei. O que está aqui em jogo é melhorar um resultado já obtido de forma extraordinária", salientou.
Num dia em que os jogadores da Seleção Nacional efetuaram apenas trabalho de ginásio, André Gomes continua a recuperar de um ligeiro problema muscular e o treinador revelou que o lateral esquerdo está em dúvida para a partida com os islandeses, depois de já ter ficado de fora frente à Suécia.
Portugal defronta no domingo a Islândia, em jogo da segunda jornada do grupo II da ronda principal do Euro'2020, que é liderado por Noruega e Eslovénia, com quatro pontos, seguidas da equipa nacional e da Hungria, com dois, enquanto os islandeses e a Suécia ainda não pontuaram.