Sébastien Buemi: "Temos de mostrar que a Toyota, na Resistência, está a num nível muito alto"
Suíço, um dos pilotos da Toyota que tem dominado o Mundial de Resistência e as 24 Horas de Le Mans, explicou a O JOGO por que "adora" o campeonato
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Sébastien Buemi fez três épocas de Fórmula 1 pela Toro Rosso (2009 a 2011) e já foi campeão de Fórmula E (2016), mas a sua carreira é mais conhecida pelos êxitos ao serviço da Toyota no Mundial de Resistência. Estreando-se em 2012 pelo construtor japonês, foi três vezes campeão mundial (em cinco títulos da Toyota) e esteve em quatro dos cinco triunfos seguidos nas 24 Horas de Le Mans. "Adoro correr na resistência, o carro é rápido, são mais de 300 km/h nas retas, tenho colegas comigo... Gosto do espírito destas corridas", disse o suíço de 34 anos no Algarve, em conversa com O JOGO.
"Estamos habituados a vir cá testar, mas para o WEC o traçado é pequeno, são muitos carros em apenas 4,6 km", comenta Buemi sobre a pista portuguesa, na qual venceu em equipa com Brendon Hartley e Ryo Hirakawa, assumindo a liderança do Mundial de Resistência (WEC), pois fora segundo em Sebring. O melhor dos novos Ferrari foi segundo em Portimão e ocupa a mesma posição no campeonato, merecendo elogios: "Estou verdadeiramente impressionado com a Ferrari, com a fiabilidade e a velocidade. Fizeram um trabalho incrível".
Além da equipa italiana, o WEC passou a ter Peugeot, Porsche, Cadillac e Vanwall, o que não assusta os pilotos da Toyota - "Somos fortes, temos experiência e estamos muito envolvidos, porque sabemos que os outros vão aprender depressa", diz Buemi -, antes cria entusiasmo. "Vai ser um campeonato incrível, estou mesmo feliz. Sinto-me honrado e sortudo por estar aqui nesta fase", refere, já pensando em 2024, época em que a lista aumentará com BMW, Lamborghini, Alpine e talvez Acura.
"O campeonato vai crescer, certamente. São grandes marcas, arrastam muitas pessoas. Não vai ser uma Fórmula 1, mas irá melhorar", estima o suíço, que sabe ir ter concorrência mais apertada nas 24 Horas de Le Mans, que celebram 100 anos. "Já vencemos antes, mas o nível está alto. Queremos provar que ganhámos não por ter menos oposição, mas porque fizemos um bom trabalho. Este ano é uma boa oportunidade para mostrar que a Toyota, na resistência, está a num nível muito alto", termina.