Pippen critica Jordan e o "The Last Dance": "Não podia ser mais condescendente"
Documentário "The Laste Dance", lançado em abril de 2020, fala de Michael Jordan e da equipa dos Chicago Bulls que dominou a NBA. Mas nem todos gostaram do que viram...
Corpo do artigo
O antigo basquetebolista Scottie Pippen escreveu uma autobiografia em que fala, obviamente, da carreira da NBA e de Michael Jordan, com quem partilhou balneário nos Chichago Bulls. Embora ainda não tenha sido publicada, já foram divulgados alguns excertos pela GQ e neles leem-se muitas críticas ao Black Jesus pela forma como foi dirigido o documentário da Netflix "The Last Dance", que se centrou na carreira de MJ e nos anos de glória dos Bulls.
"Comecei a ver o documentário e e não podia acreditar no que estava a ver. Em todos os episódios, o Michael Jordan foi glorificado, enquanto a mim e aos meus companheiros de equipa não foi dado o devido crédito. O Michael teve controlo total do produto final do documentário, nem poderia ser de outra forma. Até no segundo episódio, que fala do meu caminho até chegar à NBA, a narrativa centra-se no Michael Jordan e na sua determinação para vencer", refere.
"Todos os episódios são a mesma coisa. O Michael num pedestal, os colegas num papel secundário. A mensagem não é diferente daquilo que acontecia quando jogávamos. Agora estou aqui com mais de 50 anos a ver isto e a ser diminuído mais uma vez. Passar por isso uma vez foi insultuoso o suficiente", critica Scottie Pippen.
"Eu não era mais do que um adereço. O Michael Jordan chamou-me 'o melhor companheiro de equipa de sempre"... não podia ter sido mais condescendente", acrescentou ainda.
Scottie Pippen diz também que MJ recebeu dez milhões de dólares pelo documentário, enquanto todos os outros jogadores não foram recompensados financeiramente.