Piloto vai ser acordado dentro de dias, mas dificilmente "será o mesmo". E os riscos de morte prematura são elevados.
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Michael Schumacher deverá ser retirado do coma induzido nos próximos dias e médicos que estudaram casos semelhantes já alertaram para o pior: sendo impossível determinar o tipo de sequelas que um traumatismo craniano tão grave como o originado pelo acidente de esqui podem provocar, "dificilmente ele voltará a ser o Schumacher" que todos conheceram, garantiu Richard Greenwood, neurologista londrino que apresentou esta semana um estudo sobre os efeitos a longo prazo de traumatismos que afetam o cérebro. O trabalho, publicado na revista cientifica "JAMA Psychiatry", alerta sobretudo para os riscos de morte prematura neste tipo de casos, que são apresentados como dando uma esperança média de vida até aos 56 anos. O estudo, embora se aplique na perfeição a Schumacher, foi feito tendo em conta que anualmente se registam 1,7 milhões de casos nos Estados Unidos e um milhão na Europa, devido a acidentes de viação, quedas ou lesões desportivas. Foram estudados mais de 218 mil pacientes nos últimos 41 anos, concluindo-se que quem sobrevive a estes acidentes tem "três vezes mais possibilidades de morte prematura", ou por suicídio ou por novo acidente devido a um imperfeito controlo do corpo.