O piloto português Miguel Campos (Skoda Fabia R5) está "animado, motivado e confiante" para fazer um bom Rali de Portugal, partindo na quinta-feira com o objetivo de terminar entre os primeiros no WRC2.
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Numa lista em que há mais um nome português, o de Diogo Salvi (Ford Fiesta R5), o piloto de Famalicão, campeão nacional de ralis em 2002, é um dos 26 inscritos no WRC2, numa participação que, segundo disse à Lusa, não deverá ser exclusiva para a prova portuguesa.
"O acordo com o patrocinador é que, se o resultado em Portugal for promissor, deverá abrir portas a mais uma ou duas provas do campeonato WRC2, em particular uma presença no Rali da Catalunha, em Espanha", afirmou Miguel Campos.
Miguel Campos foi, em 2015, um dos maiores críticos à posição atribuída aos portugueses na lista de inscritos, mas este ano vai beneficiar com a presença nesta classe.
"Essa não foi a principal razão para nos inscrevermos no WRC2, mas é um facto, assim também temos a possibilidade de partir numa melhor posição", disse. "A principal razão é que, se não fosse para lutar por um bom resultado e pontuar para um campeonato, simplesmente não ia ao Rali de Portugal, pois não faz sentido estar a competir só para ser o melhor português", acrescentou.
Uma presença no WRC2 que encareceu a participação na prova, já que a inscrição no campeonato obriga ao pagamento de cerca de 5.000 euros à FIA (Federação Internacional do Automóvel), o que, somado à inscrição no Rali de Portugal, eleva os custos para "números redondos, cerca de 10.000 euros, só com inscrições".
O piloto nortenho está com muitas expectativas quanto à sua prestação, já que "os últimos testes mostram que o Skoda Fabia está cada vez melhor e mais competitivo, e o objetivo é andar o melhor possível a pensar em terminar nos seis primeiros entre os WRC2, o que já seria muito bom face à concorrência".
"Quero ver se ainda consigo 'forçar' mais um bocadinho, o suficiente para terminar entre o terceiro e o quarto lugar, o que seria um resultado excelente para nós", completou.
Quanto aos troços, a experiência que tem nestas provas deixa-o confiante que "estarão muito bons, já que o ACP e a autarquias não costumam falhar" e não esconde uma particular expetativa para a especial-espetáculo na baixa da cidade do Porto que, para o piloto, "vai ser um fenómeno fora do vulgar", "muito boa para o público e para os patrocinadores".
Com um total de 1.684 km, dos quais 368 cronometrados repartidos por 19 classificativas, a 50.ª edição do Rali de Portugal, quinta prova do campeonato do mundo, começa na quinta-feira e prolonga-se até domingo, 22 de maio.