Rali de Portugal é a quarta de 12 provas do campeonato e decorre de sexta-feira a domingo.
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Vários pilotos participantes no Rali de Portugal lamentaram esta quinta-feira só ter oito pneus macios à disposição para os três dias de prova, em contraponto com os 16 pneus de mistura mais dura.
Na conferência de imprensa de lançamento da 54.ª edição da prova portuguesa, alguns dos principais pilotos presentes na quarta ronda do Mundial de Ralis lamentaram esta limitação regulamentar.
"Vai ser interessante ver onde estamos com os pneus. Vamos ter de usar muitos macios e não os temos. Vamos ter de jogar e descobrir um pouco os pneus, mas será assim para todos", disse o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20).
Já o português Armindo Araújo (Skoda Fábia), que participa na categoria WRC3, juntamente com o restante pelotão nacional, acredita que, com essa limitação, será mais "difícil".
"Temos de perceber qual o melhor local para usar o macio. Será um desafio. Usarei a minha estratégia e logo vemos", frisou.
O sueco Oliver Solberg (Hyundai i20), que corre em WRC2 e é filho do antigo campeão mundial, o norueguês Petter Solberg (2003), mostrou-se resignado: "Gostaríamos de ter mais macios, mas é o que é", disse.
Ainda assim, admitiu que recebeu conselhos do pai para esta prova.
"Tem uma grande experiência. Deu-me conselhos sobre a afinação da suspensão, do carro, dos melhores locais para atacar, onde devo ser mais cauteloso, sobre os pneus", contou.
Já o norueguês Mads Ostberg (Citroën C3), que lidera a categoria intermédia (WRC2), também lamentou a limitação de escolha, mas sublinhou o facto de ser "igual para todos".
O francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), campeão mundial em título e líder do campeonato, com oito pontos de vantagem sobre o belga Thierry Neuville (Hyundai), acredita que o piso está "melhor do que na última vez", em 2019.
"O sétimo troço [Mortágua] é novo. É como na Austrália, com eucaliptos do lado de fora da pista. A estrada é larga e rápida. No domingo de manhã já é um pouco diferente, com especiais muito arenosas, mas largas e rápidas. Parece um recreio para conduzir", comentou, apontando a necessidade de "ser preciso na condução" para conseguir um bom resultado em Portugal.
O piloto francês surge nesta prova com um novo motor no seu Toyota, mas que ainda é "uma incógnita".
"Ainda não sentimos [a novidade]. Esta manhã não havia tração. Até seria melhor um motor menos potente. Em princípio, as melhorias, na teoria, fazem notícias. Temos trazido evoluções pequenas em todas as provas. Esta ainda é no papel e as pessoas falam mais", frisou.
Ogier revelou que "desde o início do ano" tem havido um trabalho contínuo "na suspensão", mas que também já houve novidades "no motor".
O Rali de Portugal é a quarta de 12 provas do campeonato e decorre de sexta-feira a domingo, com 21 especiais cronometradas.