De acordo com o The Telegraph, a antiga secretária-geral interina da FIA enviou uma carta ao órgão antes de ter deixado o cargo, em dezembro, reclamando do comportamento de Mohammed bin Sulayem. A queixa não originou qualquer inquérito interno.
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Mohammed bin Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), é esperado em Baku no domingo para assistir ao Grande Prémio do Azerbaijão de Fórmula 1, mas vai dar entrada no evento no meio de um ambiente tenso e que se segue à morte recente do seu filho, num acidente de viação.
Esta segunda-feira, o jornal The Telegraph avança que o dirigente dos Emirados Árabes Unidos foi acusado de sexismo e intimidação por Shaila-Ann Rao, antiga secretária-geral interina da FIA, que deixou o cargo em dezembro, tendo escrito antes uma carta ao órgão a denunciar o comportamento.
A carta terá sido dirigida ao próprio Mohammed bin Sulayem e a Carmelo Sanz de Barros, presidente do Senado da FIA, mas não deu origem a qualquer inquérito interno.
O jornal aproveitou a descoberta para entrevistar dezenas de antigos e atuais funcionários da FIA, com vários a descreverem o comportamento do máximo líder da FIA como "autoritário e errático" nos bastidores. Alguns garantem mesmo terem-no visto a gritar com Shaila-Ann Rao nos "paddocks" da FIA em 2022, durante o GP da Bélgica ou a meter-se com ela de forma "muito inapropriada".
A antiga advogada também foi contactada pelo The Telegraph, mas preferiu não fazer mais comentários, apesar dos relatos que apontam para um sentimento de "humilhação" da sua parte.
Esta não é a primeira vez que Mohammed bin Sulayem é acusado de sexismo, com o dirigente a ter sido obrigado a negar alegações desse âmbito no início deste ano, com base em comentários antigos que terá realizado num site: "Não gosto de mulheres que pensam que são mais inteligentes do que os homens... porque na verdade não são".
Em resposta, a FIA garantiu que esse comentário não reflete as convicções atuais do seu presidente.
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