José Querido, treinador português que orienta a equipa feminina do Chile, é um dos cinco técnicos lusos à frente de seleções estrangeiras nos World Roller Games
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José Querido, antigo selecionador nacional e treinador do Barcelos, está nos World Roller Games, em Barcelona, com a seleção feminina do Chile que está na luta pela medalha de bronze. É a primeira vez que o técnico português orienta uma equipa feminina, liderando-a há três meses, enquanto que durante a época coordena o hóquei em patins do Vilanova. Na capital da Catalunha, encontrou o filho Luís Querido, que jogou duas épocas no Lodi, onde foi campeão de Itália e que o foi apoiar nas bancadas do Palau Blaugrana.
A O JOGO José Querido falou da seleção portuguesa e também do desafio de treinar o feminino. "Temos uma seleção em construção. Mudámos cinco atletas e uma média de 19 anos. No Chile, o hóquei feminino está a crescer, por exemplo, no clube onde estou temos onze equipas masculinas e cinco femininas" contou o técnico português, assegurando: "Está a ser uma experiência nova, um desafio que aceitei de braços abertos e está a ser uma adaptação normal. No masculino temos uma abordagem diferente, porque podemos aplicar mais agressividade, enquanto que com o feminino temos de ser mais sensíveis."
Sobre o hóquei feminino em Portugal, Querido considera que "a seleção paga a fatura do campeonato nacional não ser muito competitivo", acreditando que "as sul-americanas em pista têm outra atitude e que às portuguesas falta garra". "Portugal tem matéria-prima para fazer mais." Já sobre a seleção masculina, o treinador, que apenas teve oportunidade de ver o jogo Portugal-Itália, afirmou: "Para se ser campeão é preciso passar por dificuldades como aquelas sentidas com a Itália. Portugal tem tudo para ser campeão mundial."
"O hóquei devia ter uma imagem mais fortes nestes Roller Games, porque é a figura destes Jogos"
Para José Querido, os World Roller Games "são importantes" mas têm lacunas, uma delas "o facto das equipas andarem a saltar de pista em pista é prejudicial" e realça ainda: "O hóquei devia ter uma imagem mais fortes nestes Roller Games, porque é a figura destes Jogos."
Quanto ao futuro do técnico português, passa por se manter no Vilanova e quanto a ser selecionador: "Só se a federação chilena se quiser organizar e ter um projeto consistente, de continuidade. Se for para um trabalho de dois/três meses não me interessa."
À porta do Palau Blaugrana, onde se encontram durante esta semana muitos jogadores e treinadores, José Querido conversou um pouco com o filho e fez questão de deixar um elogio: "O Luís fez duas grandes épocas em Itália. Foram importantes para ele crescer e agora está de volta ao clube que é o amor da vida dele."
No Mundial, recorde-se, estão treinadores portugueses. José Querido (Chile, femininos), Pedro Nunes (Moçambique), Fernando Fallé (Angola), Carlos Amaral (Inglaterra) e André Torres (Colômbia).
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