O piloto da Alpine foi penalizado em 30 segundos devido a ter completado o GP dos Estados Unidos sem um espelho retrovisor, que ficou danificado após um acidente com Lance Stroll (Aston Martin) na 22.ª volta. A penalização fez com que caísse do sétimo lugar para o 15.º.
Corpo do artigo
Depois de conhecida a penalização de 30 segundos atribuída pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) a Fernando Alonso (Alpine), que caiu do sétimo para o 15.º lugar no GP dos Estados Unidos, são várias as vozes que condenam a decisão.
Recorde-se que o piloto espanhol esteve envolvido num aparatoso acidente com Lance Stroll (Aston Martin) na 22.ª volta, completando o resto da corrida com um espelho retrovisor danificado e que acabou mesmo por cair, levando a uma denúncia da Haas que acabou por ditar o castigo.
"Tudo isto é muito confuso para mim. Alonso colocou a sua vida em risco durante duas horas, enquanto deu tudo o que tinha, para receber uma penalização de 30 segundos por causa de um espelho retrovisor? Eu percebo que não é ideal, mas parece excessivo para mim, especialmente quando vimos várias asas dianteiras soltas", considerou Karun Chandhok, antigo piloto.
1584463905413246976
Dario Franchitti, por outro lado, apelou a que FIA comece a prestar mais atenção a outros tipos de situações que colocam a segurança dos pilotos em risco, recordando o acidente entre Alonso e Stroll: "Estas mudanças de direção tardias numa reta ainda vão matar alguém. Creio que é hora de a FIA se preocupar em solucionar este tipo de comportamentos em pista de uma vez por todas".
1584271333218607104
A ação do piloto da Aston Martin também foi visado por Damon Hill, campeão mundial de Fórmula 1 em 1996, que recorreu ao sarcasmo para analisar o castigo imposto a Alonso.
"Esteve prestes a acontecer uma desgraça. Stroll foi demasiado maldoso. Vamos ver o que Alonso tem a dizer. Estive a ler sobre este caso. Que se está a passar? Os comissários estão chateados com os diretores de pista? Soa pior do que o Partida Conservador!", reagiu.
1584475196605353984
Já Toni Cuquerella, conceituado comentador e engenheiro de desportos motorizados, refletiu sobre se Alonso teria recebido o mesmo castigo caso fosse uma parte diferente do veículo a ficar danificada, criticando a coerência da FIA.
"Não usar um espelho (elemento de segurança, mas existem 2) não é razão para uma bandeira preta/laranja, mas é razão para aceitar uma queixa tardia e penalizar Alonso com 30 segundos. Algo tem de ser verificado aqui. Se romper uma luz do "endplate" (existem 3) também se penaliza?", questionou.
1584434616550973440
Refira-se que a Alpine também reagiu com elevado descontentamento ao castigo atribuído a Alonso, lembrando nas redes sociais que a FIA tem o direito de abanar uma bandeira laranja e preta durante uma corrida caso avalie que um dos carros não reúne as devidas condições de segurança, o que não aconteceu.
A marca acrescentou que, após a corrida, o delegado técnico do organismo "considerou que o carro de Alonso estava legal" e que a queixa da Haas foi apresentada 24 minutos depois do tempo limite estabelecido, pelo que não deveria ter sido aceite.
15282093
15280623