
Paulo Jorge Pereira
Seleção de andebol prepara participação no Europeu
Leia também Pedri, médio do Barcelona, surpreendido com uma equipa portuguesa
O selecionador português de andebol, Paulo Jorge Pereira, destacou esta terça-feira a dupla importância de experimentar novos valores no estágio para o Europeu'2026, nomeadamente avaliar opções futuras e substituir convocados a integrar mais tarde.
"Desde 2016 que fazemos isto nos estágios. Quando há algum atleta que em princípio integrará a competição principal, mas que não está presente no primeiro momento do estágio por diversas razões, preenchemos a vaga com atletas mais jovens, que acreditamos poderem ter perfil para um dia integrarem a Seleção A", explicou.
O técnico chamou António Machado, João Bandeira Lourenço, Guilherme Tavares e Diogo Silva para parte do último estágio antes do Euro'2026, em substituição de Luís Frade, Miguel Neves, Francisco Costa e João Gomes, que ainda se encontram em período competitivo ou em fase de recuperação, e que se vão juntar à equipa a 2 de janeiro.
"A maior parte são jovens que atuam fora de Portugal, atletas que já encaram o andebol com profissionalismo, como modo de vida. Isso é importante para nós, uma forma de os irmos conhecendo pouco a pouco, em contexto de estágio, e o futuro dirá se poderão ou não fazer parte do grupo que normalmente compete nas fases finais", completou Paulo Jorge Pereira, que hoje divulgou a lista de 22 convocados para o estágio e Torneio Internacional de Espanha.
A importância da recuperação física dos andebolistas ditou que o estágio comece em 28 de dezembro ao invés de acontecer em 26, sendo que parte dos eleitos apenas se vai juntar ao grupo no início do ano. "Os atletas necessitam de descanso, sobretudo os mais utilizados e que jogam competições europeias. Alguns precisam mesmo de recuperar e começam só em janeiro. De qualquer forma, também é importante não estarem demasiado tempo parados. Estou seguro de que os atletas que não começam em 28 já vão trabalhar individualmente para não chegarem a estágio com algumas dificuldades a nível da condição física", vincou.
Enquanto o grupo para o Europeu não está completo, a preparação vai incidir sobretudo na parte física complementada com "algum trabalho tático, ofensivo e defensivo".
Antes de viajar para o Europeu, Portugal vai participar em Pamplona, Espanha, num torneio internacional que conta com a seleção anfitriã, a Tunísia, Eslováquia, Egito e Irão. "É fundamental podermos competir. Uma coisa é planificar e treinar entre nós, outra é vermos o que é que está a correr bem, o que temos de mudar, algo mais difícil em treino. Em jogo, conseguimos acertar melhor as agulhas e perceber o que vai de encontro ao plano traçado, o que temos de modificar, porque muitas vezes temos de mudar o plano, o que acontece mais em situação de jogo", esclareceu.
Portugal, que conta como melhor resultado o sexto lugar alcançado em 2020, estreia-se no Euro'2026 diante da Roménia, em 16 de janeiro, seguindo-se o confronto com a Macedónia do Norte, dois dias depois, e a Dinamarca, anfitriã e tetracampeã campeã mundial, no dia 18, com todos os jogos a serem disputados na cidade dinamarquesa de Herning.

