
Francisco Oliveira
Ferreira do Zêzere
Francisco Oliveira raramente sai do cinco inicial do Ferreira do Zêzere e personifica a consistência, afirmando-se como peça-chave de uma equipa que já não é surpresa na Liga Placard. Em declarações a O JOGO, o ala de 24 anos, internacional jovem luso, destaca a fase positiva da equipa ribatejana faz mira a objetivos ambiciosos para a época, a nível coletivo e também individual.
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Francisco Oliveira surge onde o jogo pede intensidade e raramente salta do cinco inicial. Aos 24 anos, o internacional jovem português é peça essencial do Ferreira do Zêzere e um dos símbolos da afirmação do clube na elite do futsal nacional. Ala de entrega e jogador mais utilizado do plantel, espelha um grupo que já não vive de surpresas, mas de consistência.
Depois de uma primeira volta "bastante interessante" na Liga Placard, que coloca o Ferreira do Zêzere no quarto lugar da tabela, o ala mostra-se satisfeito com a produção da equipa e confiante no que aí vem. "Estamos numa boa fase e queremos manter esta dinâmica por mais tempo, com o objetivo de fazer uma segunda volta ainda melhor do que a primeira", sublinha a O JOGO.
O estatuto do clube ribatejano no futsal luso deixou de ser encarado como circunstancial. Para Francisco Oliveira, o respeito conquistado é fruto de um percurso sólido e constante. "Já não é uma surpresa, pelos resultados que temos vindo a alcançar. O clube tem crescido ao longo dos anos, e este ano conseguiu afirmar-se ainda mais. Os outros clubes olham para nós de forma diferente", garante. Os objetivos estão bem definidos e passam por manter a equipa nos lugares cimeiros da classificação, sem perder de vista o percurso nas taças. "Queremos fazer melhor do que no ano passado e chegar às fases finais".
Essa mentalidade ajuda a explicar a confiança que a equipa técnica deposita no ala, que é o jogador mais utilizado do plantel. Um estatuto que assume com responsabilidade. "Sinto que a equipa técnica confia naquilo que faço. Tento passar isso para dentro da quadra e também para os meus colegas. Trabalhamos muito durante a semana para conseguir os melhores resultados e dar alegrias", explica. Num campeonato cada vez mais rigoroso, a elevada carga competitiva obriga a cuidados redobrados. "A exigência é muito elevada e temos de estar atentos à alimentação, à recuperação e também ao lado psicológico", admite.
Como ala, Francisco sente de forma particular as exigências do futsal moderno, marcado por acelerações constantes e duelos. "Há muitas lutas individuais, tanto defensivas como ofensivas, muitas travagens e arranques. Tenho de me adaptar, é a realidade. Sinto-me confortável, pois consigo perceber o que está a acontecer no jogo, e isso faz a diferença", conclui.
Seleções jovens como alicerce de um sonho maior
Com 40 internacionalizações e 20 golos pelas seleções jovens nacionais, Francisco Oliveira construiu um lastro competitivo que teve impacto direto e decisivo na sua evolução enquanto atleta. Uma vivência que o próprio reconhece como determinante no seu crescimento. "Teve um peso muito importante, porque aprendi bastante nos treinos, nos jogos e também no Europeu. Isso fez-me evoluir, tanto a nível técnico como mental", sublinha. Esse percurso sustenta, agora, um objetivo maior: a Seleção A. "Começou como um sonho de miúdo e, hoje, é um grande objetivo, pelo que tenho conseguido fazer ao longo dos anos. Acredito que, com trabalho, irei conseguir realizá-lo".
