Minhotos venceram a final por 4-3
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O Óquei de Barcelos conquistou a Taça Continental de hóquei em patins pela segunda vez, ao derrotar o FC Porto, por 4-3, com reviravolta na final disputada no Pavilhão Municipal de Barcelos, em que foi globalmente superior.
Mais ofensivo nos primeiros 25 minutos, o detentor da Liga dos Campeões esteve a perder face ao golo de Edu Lamas, aos 19', mas respondeu com um bis de Carlos Ramos, aos 20' e aos 25', e ampliou a diferença por Kyllian Gil, aos 27', antes de Gonçalo Alves reduzir de penálti, aos 32', e de Ivan Morales desfazer as dúvidas no último minuto.
Depois de vencer a competição inicialmente designada por Supertaça Europeia em 1991/92, a equipa minhota repetiu o feito a jogar em casa e igualou o número de troféus dos dragões, que ergueram a Taça Continental em 1986/97 e 2023/24.
A primeira parte foi veloz e intensa desde o primeiro segundo, com o perigo a espreitar cedo ambas as balizas, quer no remate de Carlos Ramos travado pelo guardião portista Xavi Malián, aos dois minutos, quer no penálti cobrado por Gonçalo Alves, defendido pelo guarda-redes dos barcelenses, Guillem Torrents, aos três.
Apoiada pela maioria dos 1.477 espectadores, a equipa treinada por Rui Neto começou a superiorizar-se a partir do minuto cinco, com maior diversidade nos movimentos ofensivos e mais remates, ora de Ivan Morales, ora de Miguel Rocha, ora de Luís Querido, mas sem a precisão necessária para bater Xavi Malián.
Algo preso na manobra ofensiva, com vários ataques concluídos sem remate, o conjunto treinado por Paulo Freitas contrariou o ascendente minhoto com uma "triangulação" repentina e eficaz, iniciada por Telmo Pinto e concluída por Edu Lamas em plena área.
A perder, o Óquei encontrou a pontaria que lhe estava a faltar em dois remates de primeira de Carlos Ramos, um após passe de Tato Ferruccio, efetuado atrás da baliza, 25 segundos após o golo sofrido, e o outro a finalizar um contra-ataque a régua e esquadro, a dois segundos do intervalo.
O reatamento deu-se sem qualquer alteração na corrente do jogo: a formação de Barcelos continuou a encontrar linhas de passe para circular a bola e a acelerar assim que tinha espaço, dilatando a vantagem aos 27 minutos, num lance de insistência concluído por Kyllian Gil, no qual sobressaiu a passividade da defesa portista.
Com dificuldades em ligar os seus ataques, o FC Porto reduziu a diferença aos 32 minutos, com o especialista Gonçalo Alves a marcar na segunda tentativa da marca de penálti, e começou, aos poucos, a acercar-se da baliza contrária em busca do empate.
Nos 10 minutos finais, o FC Porto organizou um "cerco" em torno da baliza de Guillem Torrents, mas o Óquei manteve-se organizado, continuou a circular a bola quando tinha oportunidade e desperdiçou dois contra-ataques, e colocou o resultado em 4-2, por intermédio de Ivan Morales, a 38 segundos do fim, tendo os 'dragões' ainda voltado a marcar, por Rafa.
Jogo realizado no Pavilhão Municipal de Barcelos.
Óquei de Barcelos - FC Porto, 4-2.
Ao intervalo: 2-1.
Marcadores:
0-1, Edu Lamas, 19 minutos.
1-1, Carlos Ramos, 20.
2-1, Carlos Ramos, 25.
3-1, Kyllian Gil, 27.
3-2, Gonçalo Alves, 32 (grande penalidade).
4-2, Ivan Morales, 50.
4-3, Rafa, 50.
Sob a arbitragem de Filippo Fronte (Itália), Marco Rondina (Itália) e Marcelo Cardoso (Portugal), as equipas alinharam:
- Óquei de Barcelos: Guillem Torrents, Carlos Ramos, Vieirinha, Tato Ferruccio e Ivan Morales. Jogaram ainda: Kyllian Gil, Miguel Rocha, Pedro Silva e Luís Querido.
Treinador: Rui Neto.
- FC Porto: Xavi Malián, Pol Manrubia, Hélder Nunes, Carlo Di Benedetto e Gonçalo Alves. Jogaram ainda: Edu Lamas, Rafa, Telmo Pinto e Ezequiel Mena.
Treinador: Paulo Freitas.
Assistência: 1.477 espectadores.

