hampions e Supertaça abriu página na história que só Sporting, FC Porto e Benfica escreveram. Clube minhoto fechou a última época como campeão europeu e vice nacional e iniciou a atual como semifinalista do Mundial de clubes e vencedor da Taça Continental
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O Óquei de Barcelos estava a precisar de ver reconhecido mundialmente um trabalho de longa data na formação e na alta competição, concorrendo sempre com menores orçamentos do que clubes como Barcelona, FC Porto, Sporting e Benfica. Nos últimos seis meses esteve nas quatro batalhas pelos maiores títulos, conquistando a Liga dos Campeões e a Taça Continental, jogando a final do campeonato português e as meias-finais do Mundial de clubes.
No fim do jogo que o Óquei ganhou ao FC Porto (4-3), o treinador Rui Neto teceu considerações muito oportunas. "O ano de 2025 vai ficar gravado como o melhor de sempre para mim, porque são muitos títulos. Tivemos uma sangria enorme do plantel, mas procuramos estar sempre nas decisões, embora não prometa mais títulos. Em alguns aspetos, estamos ainda um patamar abaixo do FC Porto, do Benfica e do Sporting. Competimos com eles, mas eles têm probabilidades de ganhar mais vezes", afirmou.
Profundo conhecedor do mundo do hóquei, o técnico voltou a mostrar o condão de reinventar equipas. Em Barcelos, soube escolher o guarda-redes espanhol Guillem Torrens e fazer esquecer o argentino Conti Acevedo, colmatando ainda as saídas de Pol Manrubia, Danilo Rampulla, mais o empréstimo de Santiago Chambella, com as contratações de Franco Ferrucio (ex-Liceo) e Ivan Morales (ex-Noia). Do Valongo vieram as pérolas e Carlitos e Kyllian Gil.
"A importância disto é validar o trabalho que estamos a fazer com uma equipa nova", observou Neto, confidenciando que ainda não foi capaz de "trabalhar com o grupo todo desde o arranque da época" e lembrando que Luís Querido e Miguel Rocha "estão aquém das capacidades, mas contribuíram para a equipa". Feliz pela exibição de todos na Continental, elogiou Torrents: "Demonstrou que está ao nível do Óquei de Barcelos, após muita gente o ter colocado em dúvida".
Presidente da AR queria ver o hóquei olímpico
José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República (AR), recebeu a Seleção Nacional de hóquei em patins que em Paredes recuperou o título europeu, para entregar o voto de saudação aprovado pelo Parlamento a 19 de setembro, e surpreendeu. "A determinação e paixão que mostraram em campo representam o espírito do povo português", elogiou sobre a equipa que chegou ao título depois de só ter somado derrotas na fase de grupos, para a seguir dizer não perceber "porque o hóquei em patins não faz parte dos Jogos Olímpicos". "Tudo farei para apoiar essa ambição", completou, na presença de Fernando Gomes, presidente do COP.
O hóquei em patins esteve nos Jogos como modalidade de teste em 1992, em Barcelona, e não foi aprovado, tendo perdido alguma expressão desde então. Luís Sénica, presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, agradeceu o "sonho de ver esta modalidade reconhecida", mas lembrou a meta mais objetiva de "sermos integrados nos Jogos da Lusofonia".
Hélder Nunes, capitão da Seleção, lembrou que ser recebido na AR é "sentir uma importância a que não estamos habituados no nosso desporto".
