"O que pode desequilibrar para o nosso lado é a irreverência da juventude e a vontade"
Seleção Nacional seguiu na terça-feira à tarde para a Hungria onde, a partir de quinta-feira, viverá mais um momento notável, ao disputar o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris’2024.
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“O que pode desequilibrar para o nosso lado é a irreverência da juventude e a vontade, que tem de ser maior do que a dos outros”, percecionou Diogo Rêma a O JOGO sobre o apuramento olímpico que a Seleção Nacional de andebol vai disputar a partir de amanhã, em Tatabánya, na Hungria, para onde ontem de tarde seguiu viagem, após um último treino no Centro de Congressos e Desportos de Matosinhos. “Sabemos que podemos fazer coisas muito boas”, referiu o guarda-redes do FC Porto, de apenas 19 anos, 11 meses e 25 dias, sendo o segundo atleta mais jovem da comitiva das Quinas, “ranking” liderado por Kiko Costa (19 anos e 26 dias).
“Vamos para este apuramento com a mesma mentalidade com que estivemos no Europeu, mas com uma motivação extra porque os Jogos Olímpicos são únicos para qualquer atleta seja de que modalidade for. Vamos dar tudo para alcançar uma meta fantástica e claramente acredito que o vamos conseguir”, afirmou Rêma, mesmo convicto das possibilidades de Portugal: “Jogar contra a Noruega é sempre difícil, pelos jogadores que tem e pela experiência que eles têm, que deve ser superior à nossa, mas sabemos que podemos ganhar e já o demonstramos no Europeu. A vontade de todos é dar o máximo e o cansaço não conta, mas, se contar, é igual para todos. Sei das nossas capacidades estou certo que vamos alcançar este grande objetivo”. A ser assim, recorde-se, será a segunda vez da Seleção de andebol que, em 2021, se tornou o primeiro desporto coletivo português de pavilhão a chegar ao Olimpo, em Tóquio’2020.
Para o guardião, que na época passada representava o FC Gaia, emprestado pelo FC Porto, este foi um salto enorme. “Aconteceu tudo muito rápido, não pensei que fosse tão rápido”, admitiu. “É uma recompensa por tudo o que tenho feito ao longo da formação”, explanou. “Era mesmo isto que eu queria, chegar à Seleção A e à equipa principal do FC Porto”, terminou o atleta.
Branquinho e o “grupo alegre”
Ponta-esquerda do FC Porto garante haver “uma dinâmica bastante boa” na Seleção que amanhã joga com a Noruega.
Diogo Branquinho, tal como Alexis Borges regressado à Seleção Nacional, por troca com o companheiro no FC Porto Pedro Oliveira, também acredita num bom desempenho dos Heróis do Mar. “Queremos ser candidatos crónicos a estas grandes competições, já estivemos nos Jogos Olímpicos, queremos estar noutros. Temos toda a motivação, confiança, acreditamos muito na nossa qualidade. O grupo está bem, muito alegre e temos uma dinâmica bastante boa”, sublinhou o ponta-esquerda de 29 anos.
“Prefiro olhar para nós, acreditar na nossa qualidade, para entrar logo a vencer no primeiro jogo [Noruega] e dar uma lufada de ar fresco. É muito importante para a confiança ganhar o primeiro jogo”, lembrou o atleta natural de Coimbra, mas que cresceu em Aveiro, tendo começado a jogar no São Bernardo.
Aniversários na Seleção e com bolo
Ontem foi dia de aniversários na Seleção, tendo o ponta-esquerda Leonel Fernandes festejado 26 anos e tido direito a bolo após o almoço. Mesmo desta vez não estando integrado na equipa, ainda a recuperar de lesão, também Fábio Magalhães (na foto), o mais internacional de sempre de todos os jogadores portugueses - 282 jogos, em todos os escalões, mais 11 do que Eduardo Filipe - fez aniversário (36 anos) e a federação felicitou lateral-esquerdo do FC Porto. “Uma vénia a um dos símbolos maiores da nossa história”, escreveu.