O maiato tem atravessado na garganta o desaire na etapa nova-iorquina do Grand Slam e espera vingar-se na visita à Áustria, daqui a 15 dias
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Custou-lhe digerir o encontro perdido frente a Sebastian Ofner, em quatro sets e quase três horas, razão pela qual pediu desculpa a O JOGO por reagir tardiamente, justificando que "por vezes, no calor do momento, podia dizer asneiras".
Extremamente lúcido, como é timbre, considera que "merecia ter ganho um dos dois tiebreaks, em que não estive tão bem para fechar e aprendi com isso". "Apresentei um nível aceitável e competitivo, mas ainda à procura de sensações após a lesão, principalmente no modo de sentir o jogo", disse, adiantando que está "outra vez mais motivado" e que só precisa de "continuar a treinar bem e recuperar o ritmo alto".
Fez ainda questão de deixar boas garantias para o próximo objetivo: "Sei que eu e os meus companheiros vamos estar em grande na Taça Davis". Uma eliminatória na Áustria, daqui a 15 dias, onde reencontra Ofner, carrasco, anteontem, em Nova Iorque. "Veremos se conseguimos uma vingança, sei que os austríacos estão a jogar bem e com uma boa equipa, mas estamos a subir, depois de não termos passado uma fase muito boa", concluiu.
Hugo Anão, treinador do CAR/Jamor, que alterna com o selecionador Rui Machado o acompanhamento ao Lidador, considera que, no geral, o maiato "competiu bem, principalmente nos três primeiros sets, esteve a um bom nível, mas pagou ainda um bocadinho a falta de ritmo depois da lesão". Lembrando que não ganhou qualquer encontro nos três torneios nos Estados Unidos e que "uma vitória daria mais confiança", não duvida que "mais cedo ou mais tarde, as coisas boas voltarão a acontecer".
O encontro com Ofner vai ser um dos quatro de singulares que Portugal e Áustria vão disputar e, pelo que viu, Hugo Anão refere que "tem tudo para voltar a ser um encontro muito equilibrado e estou convicto que o Nuno pode ganhar, tem todas as condições, como teve aqui no US Open, e voltará a ser um jogo duro e equilibrado".