Campeão olímpico português despediu-se dos Jogos magoado e abraçando todos os outros triplistas
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Nelson Évora ficou pela qualificação do triplo salto de Tóquio'2020, com 15,39 metros, os de um salto falhado ao segundo ensaio, fazendo a despedida competitiva dos Jogos Olímpicos.
Aos 37 anos, e três meses depois de ter sido operado ao joelho esquerdo, Évora não foi além de 15,39 metros no segundo ensaio. O seu primeiro salto foi nulo e deixou-o magoado, o terceiro foi anulado pelo atleta do Barcelona, por se tratar de uma marca fraca. "Magoei-me no primeiro ensaio e ainda tentei recuperar, mas... Ainda tenho muitas dores neste momento", declarou no final, aos microfones da RTP.
Nelson Évora chegou aos seus quartos Jogos Olímpicos, depois do ouro em Pequim'2008, do sexto lugar no Rio'2016 e do 40.º posto em Atenas'2004, tendo 15,93 metros como melhor marca do ano. Foi ainda campeão da Europa em pista coberta, em 2015 e 2017, e ao ar livre, em 2018, tendo como recorde pessoal 17,74 metros, alcançados em Osaka, no Japão, onde se sagrou campeão do mundo, em 2007.
A sua despedida, com abraços a todos os triplistas, foi emocionada. "Isso foi bom, eram todos os meus companheiros, os melhores do mundo e há ali gente com muito talento. Gostava de fazer mais uma final com eles, infelizmente não foi possível. Emocionei-me um pouco, mas a vida é mesmo assim. Tudo o que sobe desce", desabafou.
"Levo muito boas recordações. Por incrível que pareça não são as das medalhas, mas o convívio com as pessoas, as aventuras que temos, o estar na Aldeia Olímpica. É isso que fica, assim como o estar aqui com toda a equipa e dar-lhes boas energias, desejar-lhes sorte e boa disposição", terminou Évora.