Vingegaard reiterou que o esloveno é "o mais forte" e disse que ambos se respeitam e são adversários, "não inimigos".
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Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) foi o maior adversário de Tadej Pogacar, com o dinamarquês a recuperar mesmo 25 segundos no contrarrelógio para terminar no segundo lugar, a 5.20 minutos, este sábado.
"Não estou seguro que o Pogacar tenha dado 100% hoje, ele tinha mais de cinco minutos e meio de avanço. Recuperei um pouco de tempo e ganhei confiança para o futuro, convencendo-me que ele não é imbatível", declarou o jovem de 24 anos.
Vingegaard reiterou que o esloveno é "o mais forte" e disse que ambos se respeitam e são adversários, "não inimigos".
"Neste Tour, o nível foi verdadeiramente muito elevado, estão aqui os melhores corredores do Mundo, mas não sei se o nível foi superior ao ano passado. Quanto a mim, estou no meu melhor nível, melhor do que antes, sem dúvida. No passado, tive problemas a lidar com o stress, mas aprendi a enfrentá-lo. Não vou estar em nenhum sítio com mais stress do que no Tour e demonstrei ser capaz de controlá-lo", reconheceu.
O dinamarquês definiu-se ainda como "um trabalhador", recordando o tempo em que conciliava o emprego numa fábrica de peixe com quatro horas diárias de treino, enquanto tentar tornar-se ciclista profissional.
"Isso moldou o meu caráter", completou o virtual vice-campeão da 108.ª Volta a França, convertido em líder da Jumbo-Visma devido ao abandono do "vice" do ano passado, o esloveno Primoz Roglic.
Vingegaard voltou a elogiar a capacidade da sua equipa que, depois do "golpe anímico" que representou a desistência de Roglic, soube recuperar a confiança na segunda semana do Tour com vitórias em etapas - de Van Aert e Sepp Kuss -, mas também com a sua entrada no pódio.
"Dei-me conta que podia fazer algo, que se mantivesse o nível outra semana podia acabar bem. E consegui. Penso que foi o meu melhor dia, os outros dias de montanha estava pior, mas em boa forma", contou, referindo-se à 11.ª etapa, quando atacou no Mont Ventoux e conseguiu deixar em apuros o camisola amarela.
No entanto, o dinamarquês confessou que nunca se sentiu em condições para destronar Pogacar, e desvalorizou o dia em que perdeu mais de um minuto por ter aguardo por Roglic quando o esloveno caiu na terceira etapa.
A 108.ª Volta a França arrancou em 26 de junho, em Brest, e termina este domingo em Paris.