Espanha goleou a França e ficou com o terceiro lugar do Mundial.
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A Espanha bateu França (5-0) no jogo que definia o último lugar do pódio e que chamou três mil pessoas ao Palau Blaugrana, casa do Barcelona. Depois de eliminada por Portugal nas meias-finais, a seleção da casa teve de lutar pelo bronze, uma medalha que sabe a pouco para quem tem um currículo recheado de conquistas.
Desde o Mundial de 2003, ganho por Portugal, em Oliveira de Azeméis, que Espanha não ficava em terceiro lugar, o que, de resto, apenas acontecera seis vezes antes de Barcelona'2019, cidade que aliás foi anfitriã em 1951 e 1954, com triunfo espanhol.
França, sem Roberto di Benedetto e Mathieu le Roux (lesão), foi presa mais fácil para os espanhóis, que depois de falharem o bi, não queriam a humilhação do quarto posto. Ao minuto dois, Alabart abriu o marcador, com um remate de fora na zona central, e cedo se percebeu a supremacia de Espanha, faltando aos franceses mais qualidade na finalização. A meio da primeira parte, com um penálti a favor, não empataram (levou a melhor Malián, reforço do FC Porto). Nil Roca, Albert Casanovas (Benfica), Jordi Adroher (Benfica) cavaram a distância e ao intervalo Espanha vencia por 4-0. Toni Pérez (Sporting) fez o golo espanhol da segunda parte, com Keven Correia a parar muitos ataques espanhóis e Carlo di Benedetto a não conseguir bater Malián de livre-direto (azul: Edu Lamas).
Nas últimas dez edições do Mundial, Espanha ganhou por sete vezes e dominou entre 2005 e 2013, período em que foi pentacampeã. Nesta segunda edição dos World Roller Games, Espanha defendia o título conquistado, em 2017, na China, na altura, com Alejandro Domínguez (selecionador e atual treinador do Benfica) a estrear uma equipa mais jovem, sem as principais figuras do penta, acabando por, em 2018, conquistar também o Europeu, disputado na Corunha. Em casa, Espanha nunca tinha ficado fora da final.
Já França, com cinco internacionais em Portugal e Espanha - Bruno di Benedetto e Roberto di Benedetto (Lleida), Carlo di Benedetto (Liceo da Corunha, FC Porto em 2019/20), Rémi Herman (J. Viana) e Keven Correia (Valença; Marinhense em 2019/20) - tem sido a seleção que mais tem evoluído e o quarto lugar neste Mundial é prova disso: é o melhor resultado dos gauleses em Mundiais, um grande salto comparativamente a Nanjing, em que não passaram da fase de grupos e, em casa, em 2015, foram eliminados nos quartos de final pela Argentina.