Portugal, que terá o seu Grande Prémio a 24 de abril, entrou em definitivo num calendário de 21 corridas que se iniciam este domingo no Catar, com 24 pilotos e muitos candidatos aos triunfos.
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Marc Márquez, seis vezes campeão de MotoGP e com as últimas épocas afetadas por lesões, é o principal candidato ao título deste ano, seguido de perto por Pecco Bagnaia e Fabio Quartararo.
São os principais pilotos de Honda, Ducati e Yamaha, um espanhol, um italiano e um francês, o que ilustra uma época prometedora, mesmo esquecendo que, segundo as indicações dadas pelas casas de apostas, Jorge Martin (Pramac Ducati), Joan Mir (Suzuki) e Jack Miller (Ducati), também têm possibilidades de correr pelo título. Num patamar mais abaixo ficam as KTM, pois ninguém sabe exatamente o que esperar da equipa de Miguel Oliveira.
Ontem, quinta-feira, numa apresentação da época feita em Losail, no Catar, onde domingo se dará a partida às 15h00 portuguesas, os pilotos brincaram na conferência de Imprensa - Márquez, Quartararo e Bagnaia votaram neles próprios para campeões mundiais - e posaram para uma fotografia de grupo com as palavras "Unidos pela paz", pois depois da pandemia é a guerra na Europa a ameaçar perturbar uma época com 21 corridas previstas e incluindo Portugal agora no programa oficial.
O que também não existe é uma previsão segura, pois o último teste de pré-temporada fechou com Pol Espargaró na frente - sinal de que a nova Honda, com inovações que têm intrigado a concorrência, é mesmo competitiva - e 21 dos 24 pilotos dentro do mesmo segundo. Aliás, descontando os cinco "rookies", os 19 mais experientes ficaram separados por 830 milésimas de segundo, dando razão a Marc Márquez, que espera pelas primeiras corridas para fazer prognósticos. "Ainda não me adaptei à nova mota, mas só tive quatro dias de testes. Tem muito potencial. Quando uma fábrica não tem um piloto a lutar pelo título, tem de fazer algo dramático", contou o espanhol da Honda, que recuperou da lesão nos olhos e ameaça regressar ao domínio que exerceu até 2019.
Na KTM, Miguel Oliveira foi 15.º e o melhor nos testes da Malásia, Brad Binder o 11.º nos da Indonésia, resultados que não condizem com o otimismo de toda a equipa. "Estamos satisfeitos. Com o Brad e o Miguel temos dois pilotos experientes. Mudámos a mota como eles querem, no pneu dianteiro e na aderência traseira. Demos um passo em frente. Nos testes estivemos a testar muitas peças novas", explicou Pit Beirer, diretor da KTM Motosport. Poderão os austríacos lutar de forma consistente pelas vitórias? Vamos esperar.
Favoritos
Fabio Quartararo
Yamaha
França
22 anos
"Há 10 anos tínhamos alguns pilotos de ponta e depois os outros, agora é tudo próximo e o nível realmente elevado. Este ano poderá ser o mais apertado de todos e isso terá piada", diz Fabio Quartararo, líder da Yamaha e campeão em título. Já ganhou nove corridas, cinco em 2021.
Francesco Bagnaia
Ducati
Itália
25 anos
"Agora é sempre ao ataque. O meu melhor tempo de há uns anos seria o quinto em 2020 e agora o 17.º; grande diferença. Será bom para o espetáculo", afirma Pecco Bagnaia, segundo em 2021 e vencedor de quatro das últimas seis corridas, o que o colocou entre os favoritos.
Marc Márquez
Honda
Espanha
29 anos
"Os testes mostraram todos muito próximos, mas vamos precisar das primeiras quatro ou cinco corridas para ver quem são os ganhadores. O equilíbrio entre pilotos torna tudo mais interessante", comenta Marc Márquez, que tem seis títulos e 59 vitórias em MotoGP.