A lista que os pilotos menos desejam integrar, a dos lesionados, é liderada por Jorge Lorenzo, com Nakagami no segundo lugar. Miguel Oliveira arrisca ser o terceiro com mais ausências em corridas.
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"Após as ressonâncias magnéticas que fiz no domingo, na Austrália, descobrimos algumas coisas nos tendões dos dois pulsos, mas nada importante. Vimos que a minha lesão no ombro piorou um pouco. De momento, juntamente com a KTM, estamos a tentar decidir o que fazer, pensando também no futuro", comentou ontem Miguel Oliveira em Sepang, dando a entender que a sua participação no Grande Prémio da Malásia do próximo domingo não é certa, depois de uma violenta queda nos treinos, a 300 km/h, o ter impedido de alinhar em Philip Island.
"Ainda aguardamos a confirmação final a dizer que o Miguel poderá correr, mas estamos bastante otimistas", acrescentou Hervé Poncharal, manager da Tech3 KTM conhecido por esperar sempre o melhor e satisfeito por "não haver fraturas".
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Miguel Oliveira, que tem percebido de forma dolorosa até que ponto o MotoGP é perigoso - sofreu em Inglaterra a sua primeira lesão da época, a do ombro -, aumentou no passado domingo para sete a lista de pilotos que já falharam corridas devido a lesão. O número representa um terço da grelha de partida - 22 motos - e não está longe da negra estatística das últimas épocas: cinco em 2018, seis em 2017 e dez em 2016 perderam corridas.
Jorge Lorenzo (Honda), que, na Holanda, fraturou as vértebras T6 e T8, já perdeu quatro corridas; Andrea Iannone (Aprilia) falhou Jerez devido a uma lesão no pé esquerdo e São Marino por sofrer outra no ombro esquerdo; e Takaaki Nakagami (LCR Honda) foi operado a um ombro e terminou a época antes da Austrália, o que significa três ausências.
Oliveira, por enquanto, só perdeu uma corrida, tal como Joan Mir (Suzuki), com uma contusão pulmonar ao cair num teste; Pol Espargaró, por fratura do pulso esquerdo; e Tito Rabat (Avintia Ducati), que, no Japão, decidiu não correr por ter sido penalizado e estar magoado na mão direita. Caso falhe os dois últimos Grandes Prémios, o almadense entrará no "pódio" dos azarados, mas a verdade é que, neste momento, já pouco tem a discutir num Mundial em que é 17.º e apenas arrisca ser ultrapassado por um Johann Zarco que o lesionou em Silverstone, deixou a KTM e agora substituiu Nakagami na LCR Honda.