Hervé Poncharal fez uma interessante caracterização de Miguel Oliveira e explicou uma vitória que chegou a 195 milhões de pessoas.
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"Ele é fixe, polido, inteligente e bem educado. Há pessoas que pensam que um corredor de topo deve ser duro, nem sempre polido e não muito bem educado; por isso, olhavam para o Miguel e pensavam, "ok, ele nunca será um vencedor"", disse Hervé Poncharal, francês que lidera a Tech3, considerando que o piloto português vinha a ser "desvalorizado".
Em entrevista ao Motosport.com, Poncharal, que também festejou na Áustria a primeira vitória de sempre da sua equipa em MotoGP, acha que alguns erravam ao compará-lo com o sul-africano Brad Binder, "por não ter tão bons resultados". "Mas em Jerez ele partiu de quinto e foi colocado fora na primeira curva, quando poderia ter ficado perto do pódio. Na República Checa cometeu um erro no treino e partiu muito atrás, fazendo uma corrida fantástica até sexto. Na Áustria teve outro incidente, agora com o Pol", contou o francês, garantindo que o português "sempre teve a velocidade". "Sabíamos, na comparação de dados com as outras três KTM, como ele estava a andar e que ganhar era uma possibilidade", completou, dizendo estar "realmente feliz por dar ao Miguel a possibilidade de provar que é um verdadeiro piloto de MotoGP antes de, no próximo ano, mudar para a equipa de fábrica da KTM".
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Quanto ao português, que tem agora um intervalo até às duas corridas em Itália, a 13 e 26 de setembro, está confiante para a jornada dupla no circuito de Misano. "Já fizemos lá testes e acho que não vamos ser maus. Não estou muito preocupado. Só quero é voltar a pegar na moto", disse Miguel Oliveira.
Triunfo correu o mundo e "parou" na Indonésia
Qualquer ocidental que acompanhe as corridas de MotoGP pelo Twitter repara nos imensos comentários numa língua diferente. São os indonésios, verdadeiros fanáticos por MotoGP. A vitória de Miguel Oliveira no passado domingo gerou 605 notícias no arquipélago que separa o Pacífico do Índico, número só superado por Portugal na lista de 3737 artigos publicados em todo o mundo, segundo medição da Cision. Seguiram-se Itália (535), EUA (401), Espanha (355) e França (265), tendo o êxito atingido uma audiência potencial de 195 milhões.