Piloto britânico admitiu, porém, continuar a ajudar na luta contra o racismo
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Lewis Hamilton (Mercedes) afirmou esta quinta-feira não estar a planear fazer boicote ao Grande Prémio da Bélgica de Fórmula 1, na sequência dos protestos de alguns atletas nos Estados Unidos contra a discriminação racial. Em causa está a morte de Jacob Blake, um cidadão afro-americano atingido com sete tiros nas costas pela polícia, no estado de Wisconsin, no domingo passado.
Recorde-se que atletas da NBA, WNBA, basebol e futebol boicotaram os jogos das suas equipas em protesto. Já a tenista Naomi Osaka anunciou o abandono do torneio de Cincinnati - entretanto reconsiderou e vai estar presente no encontro das meias-finais -, numa atitude que mereceu elogios do próprio Lewis Hamilton, o único piloto negro da Fórmula 1, que se mostrou "muito orgulhoso" desse gesto, segundo uma mensagem publicada no Instagram.
Mas questionado sobre se estaria a considerar abandonar o GP da Bélgica de Fórmula 1 do próximo fim de semana, o britânico revelou não ter intenção de o fazer.
"Muitas pessoas apoiam os atletas e estão a fazer pressão para que haja mudanças. Mas isso é na América e não sei se o facto de eu fazer qualquer coisa aqui tem algum efeito. Estamos na Bélgica, não nos EUA", disse o Hamilton, seis vezes campeão mundial de Fórmula 1.
O piloto da Mercedes garantiu, ainda assim, que irá "falar com os responsáveis da Fórmula 1 para ver o que pode ser feito, para continuar a ajudar", frisou. Hamilton considera que "todos devem estar alinhados, apoiar-se uns aos outros", mesmo sendo desportos diferentes.
O GP da Bélgica de Fórmula 1 é a sétima prova da temporada e disputa-se no próximo domingo.