O guarda-redes Manuel Gaspar, de 21 anos, tem sido um dos grandes destaques do Sporting. Não sabe como vai acabar a época, mas sabe o que o plantel deseja
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Manuel Gaspar começou a jogar no Grupo Musical e Desportivo União e Progresso, mudando-se para o Sporting ainda juvenil. Agora, aos 21 anos, vinha a fazer uma magnífica época, afirmando-se como um dos melhores guarda-redes nacionais.
Como se sentiu esta temporada ao ter muito tempo de utilização?
-Está a ser uma boa época, sinto-me bem e confiante a jogar. Agora quero manter este nível e ajudar a equipa a ir o mais longe possível.
Acha que isso o fez evoluir?
-Claro que sim. Ter tempo de jogo é das coisas mais importantes para qualquer jogador, aumenta a confiança e ganha-se maturidade a jogar.
Foi titular muitas vezes sentando no banco Aljosa Cudic, um grande guarda-redes...
-Tem sido uma época positiva. Está a ser a época em que estou a ter mais minutos de jogo. O Cudic é um ótimo guarda-redes, com quem tenho aprendido muito, e o facto de haver rotação é bom, pois demonstra que para jogar temos que estar ao nosso melhor nível e que não há lugar definidos.
No tempo que leva no Sporting, acha que trabalhar com Cudic e Skok o favoreceu?
-Sem dúvida. Tenho dois guarda-redes de excelência como mentores, todos os dias aprendo algo novo com eles. Sei que tenho esse privilégio.
O que aprendeu com cada um deles?
-Tanta coisa... Sinto que o Cudic me ensina mais sobre a parte mental e o Skok sobre a parte técnica. Tento absorver toda a informação que os dois me transmitem.
Que expectativas tem para a carreira?
-Espero manter-me neste nível durante muito tempo. Mantenho o foco todos os dias para isso não mudar. Sei que cheguei à baliza de um clube de topo cedo, fruto do meu trabalho e, claro, da oportunidade que o Sporting me deu. Estarei sempre grato ao Sporting por esta oportunidade e tudo farei para não desiludir. Todos os dias dou o meu melhor para estar ao mais alto nível, pois sei que para estar no Sporting não podemos perder, nem por um dia, o foco, a ambição e o trabalho.
A Seleção Nacional A está no horizonte?
-Sim, é um objetivo que ambiciono conquistar.
Como acha que o campeonato deveria terminar?
-Queremos ser campeões dentro do campo, sempre com a salvaguarda da saúde pública. Acho que é prematuro antecipar cenários e devemos esperar por uma decisão. Da minha parte, tenho de estar preparado para todos os cenários. Sigo à risca o plano de treinos do Sporting para estar na melhor forma possível.
O que mudaria no andebol para o tornar mais atraente?
-O andebol é um grande espetáculo, mas em Portugal poderia dar-se mais atenção e investir mais na promoção dos jogos e na animação extra jogo nos pavilhões, ao estilo da NBA. O Sporting é um grande exemplo, com inúmeras iniciativas e passatempos durante os jogos e no intervalo, proporcionando aos sócios e adeptos um espetáculo diferenciado que vai além do desportivo.
Concorda com a saída do guarda-redes para se atacar em superioridade?
-A saída do guarda-redes faz sentido quando a equipa se encontra em inferioridade, para se usar na superioridade é uma jogada de risco. Mas temos de ver também o outro lado: com treino e trabalho é uma jogada que se pode tornar muito perigosa para os nossos adversários.