Liga dos Campeões Mundiais arranca: os crónicos candidatos e a aposta do Braga
Leões tiveram uma época perfeita e vão defender todos os troféus. Águias mudaram de treinador e no Minho mora uma equipa que foi ao mercado para poder estar mais próxima dos títulos
Corpo do artigo
Começa, hoje, a Liga Placard, com três jogos: Quinta dos Lombos-Braga, Candoso-Modicus e Futsal Azeméis-Fundão. No entanto, o leque de candidatos tem dois clientes crónicos: Sporting e Benfica, embora a época que se avizinha traga mudanças na dupla de rivais de Lisboa e não só...
Os leões viram sair elementos influentes como Taynan (El Pozo Murcia, Espanha) e Rocha (Carlos Barbosa, Brasil), compensadas pelas entradas de Miguel Ângelo (Braga), um regresso à casa que tinha deixado em 2016 para, na altura, se mudar para o Benfica, Waltinho (Jimbee Cartagena, Espanha), que em Portugal tinha brilhado no Fundão, e Caio Ruiz (Portimonense).
De resto, e descontando o recém chegado Miguel Ângelo, foram seis os jogadores verdes e brancos campeões do Mundo: Tomás Paçó, João Matos, Erick Mendonça, Pany Varela, Pauleta e Zicky Té.
As recentes conquistas da Seleção Nacional - vencedora do Mundial e do Europeu - não se podem dissociar do campeonato, já que a Liga Placard ganhou, de certa forma, estatuto com estes títulos conquistados pela formação de Jorge Braz.
Se no Sporting há uma base de talento luso e uma aposta na continuidade do também português Nuno Dias no comando técnico, no Benfica a realidade é diferente. Saiu Joel Rocha do comando técnico e entrou o espanhol Pulpis, que tem seis portugueses num plantel que recebeu Rómulo (KPRF Moscovo, Rússia) e Bruno Cintra (Braga). Há, ainda, Carlos Monteiro (Caxinas), jogador que, entretanto, sofreu uma lesão grave.
Favoritíssimos ao título nacional, Sporting e Benfica têm dominado o futsal em Portugal: desde a época 2001/02, quando o Freixieiro se sagrou campeão, que mais ninguém festeja...
Braga aposta e no meio há equilíbrio
O fator Braga será, sem dúvida, um dos aliciantes para 2021/22. A aposta no futsal cresceu consideravelmente no Minho, onde chegaram nomes como o campeão europeu (de clubes e seleções) Pola, os regressos a casa de Tiago Brito e Fábio Cecílio (Benfica) e o ingresso do pivô Elisandro, que se tinha destacado pelo Benfica na temporada 2016/17, onde só fez essa época, até ser contratado pelo Inter Movistar (Espanha).
Se o Braga parte, na teoria, como o terceiro grande, daí para baixo na tabela classificativa reinará o habitual equilíbrio. Modicus, Fundão e Leões de Porto Salvo costumam ser os habituais clientes na disputa pelos seis primeiros lugares.
A Sandim chegou o pivô Ludgero e voltaram Pedrinho e o guarda-redes Gerson, o Leões de Porto Salvo manteve a base que tão boa conta deu na pretérita época e o Fundão introduziu algum samba, com Thalles e Iury Bahia.
Mas há mais: Viseu 2001 e Portimonense querem fazer melhor do que na anterior edição, ao passo que Quinta dos Lombos, Futsal Azeméis e Candoso, que vai para o terceiro ano consecutivo entre os grandes da modalidade, são nomes já consolidados neste patamar.
Todavia, no final desta temporada descerão quatro emblemas, pois o campeonato será encurtado para 12 participantes na próxima época. Torreense e Nun"Álvares estreiam-se na Liga Placard, onde a permanência será o objetivo de ambos.