Recordista de triunfos na F1 está em negociação difícil com a Mercedes por a sua renovação poder ir de um ano a... todos.
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Com a época de Fórmula 1 a aproximar-se do final - corridas no Barém este fim de semana e o próximo e final em Abu Dhabi, a 13 de dezembro -, há ainda cinco lugares de pilotos para confirmar em 2021 e um deles é o do sete vezes campeão mundial, Lewis Hamilton.
A renovação do britânico pela Mercedes ficou praticamente alinhavada depois da conquista do sétimo título mundial, na Turquia, mas poderá só ser assinada depois de terminar a época - "Vai ser até ao final do ano", revelou Toto Wolff, diretor da equipa, ao "Kronen Zeitung" -, pois a duração do acordo ainda estará por definir. Os valores não serão novidade, pois deverão rondar os 47 milhões de euros anuais que o campeão mundial já ganha.
"Seria fácil assinar sem pensar no que vem a seguir. Quero continuar com a Mercedes e ajudá-los na mudança que está a ocorrer, para carros verdes e mais eletrificação. E gostaria de criar mais diversidade", diz Hamilton, citado pelo Motorsport-Total. Como Wolff revelou na ORF que um contrato de um ano "é muito pouco" e de "três épocas relativamente longo", fica evidente o que está um discussão: um acordo por duas épocas como piloto, extensível para um pós-carreira como embaixador da Mercedes.
Tendo chegado descontraído à pista do Barém, na companhia do seu cão, Roscoe, Hamilton explicou que passou as duas últimas semanas de "ficha desligada", depois dos festejos do histórico sétimo título, e que irá utilizar os últimos três Grandes Prémios para "tirar um pouco mais do carro, fazer uma espécie de corridas de teste e perceber o que podemos aplicar para o próximo ano". Ficando evidente que renovará, em entrevista à "GQ", que o elegeu "Game Changer" do ano, deixou claro que também continuará a preocupar-se com as questões raciais. "Haverá sempre uma pessoa de cor no topo deste desporto. Isso é, provavelmente, aquilo que mais me orgulha", disse, com uma revelação: "Ir para a Ferrari é algo que nunca acontecerá. Sempre fui um adepto, vi o Michael [Schumacher] ganhar com eles, mas têm aspetos que não refletem os meus valores".