Karateca tem o maior currículo internacional da história do karaté nacional
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Patrícia Esparteiro já está em Minsk, onde é a única representante portuguesa no karaté (kata). A atleta do Wolfpack Karate Team tem o maior currículo internacional da história do karate nacional com 5 medalhas em Campeonatos da Europa e nestes Jogos Europeus tentará nova conquista, embora reconheça que "a competição é bastante difícil". "Só participam as 8 melhores karatecas europeias. Tenho treinado bastante para isto e ao ver os bons resultados dos meus colegas de Seleção fico motivada para fazer o melhor, quem sabe um ótimo resultado, que seria a medalha", sublinha Patrícia que já treinou na Bielorrússia.
A karateca confessa-nos que "gere bem o stress", isto apesar de ser mais complicado controlar o nervosismo na altura dos sorteios e véspera da competição. Este ano, obteve o bronze em Madrid, em kata por equipas, mas falhou a reentrada no projeto olímpico. "Não consegui por três décimas, que me teriam dado medalha. Foi morrer na praia. Custou", diz a karateca, que ambiciona a presença em Tóquio'2020. No entanto, a tarefa não é fácil, até porque tem de competir a expensas próprias no circuito mundial e não pode ir a todas as provas. Licenciada em Enfermagem e com uma pós-graduação, perdeu o emprego este mês, nada que a afete, pois acredita que estará a trabalhar em breve. Em Minsk, Patrícia quer ser recompensada pelas horas de trabalho no ginásio e karaté e na bagagem estão uma ferradura e uma cruz, pois é supersticiosa.
Por outro lado, o selecionador Joaquim Gonçalves aleta para "uma batalha difícil". "O grupo de atletas de kata feminino é de elevado nível, das melhores do mundo. De qualquer modo, vamos lutar pelo melhor resultado, tudo pode acontecer para o karate português", perspetiva.