
João Almeida
AFP
Ayuso ficou com o quarto lugar da Vuelta em perigo, Soler desceu de sexto a 13.º e a tática da UAE Emirates não se viu.
Quando Marc Soler atacou, a 52 km do final da 17.ª etapa da Vuelta, e faltando subir o Cordal e o Angliru, a UAE Emirates cumpria o prometido e fazia uma ofensiva de longe à Jumbo-Visma. Mas o espanhol nunca apanhou Remco Evenepoel, que seguia mais à frente, e a perseguição, entretanto movida pela Bahrain-Victorious, anulava a sua iniciativa à entrada da última subida. A partir daí, da equipa líder mundial só se "salvou" João Almeida.
Soler, depois de ultrapassado, perdeu 18m45s e desceu de sexto a 13.º da geral; o português descolou dos Jumbo e Bahrain ainda faltavam mais de cinco quilómetros; Juan Ayuso atrasou-se um quilómetro depois.
"Os outros estiveram melhor, eu não. Estou orgulhoso por ter sofrido, mas também desiludido, porque era opção para ganhar a etapa", disse o espanhol, que perdeu 1m42s para Roglic e viu perigar o quarto lugar, pois Mikel Landa colocou-se a 16 segundos.
Na sua tradicional recuperação, Almeida ainda ajudou o colega. "Mal conseguia falar. Disse-lhe que baixasse o ritmo, ele fê-lo e depois foi para a frente", disse Ayuso.
"Tentei ajudá-lo, mas com estas inclinações não podia fazer muito. Deixei-lhe o gel e depois dei o meu melhor", contou Almeida, que foi ultrapassando gente até ser sexto na etapa. "Estava a sentir-me bem", sintetizou.
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