Os ciclistas da INEOS são mesmo, na opinião de João Almeida, as grandes surpresas da primeira parte desta Volta a Itália, já que os outros favoritos "estão a cumprir" com as expectativas.
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João Almeida (UAE Emirates) reiterou a ambição de estar no pódio final da 106.ª Volta a Itália em bicicleta e garantiu que o abandono de Remco Evenepoel, infetado com covid-19, não altera em nada a sua estratégia.
Numa conferência de imprensa em que o abandono de Evenepoel foi uma constante, o quarto classificado do Giro'2020 assumiu que a corrida italiana fica "mais pobre" com a ausência do campeão mundial de fundo.
"Vai mudar muito. Obviamente, era um dos principais candidatos à vitória no Giro e a Soudal Quick-Step também tinha uma equipa forte. A partir de agora, penso que a corrida será definitivamente diferente, mas a minha abordagem não vai mudar, com ou sem o Remco", garantiu.
Para o português da UAE Emirates, com o campeão da Vuelta'2022 em prova "a corrida seria mais disputada e talvez com mais surpresas", o que até poderia ser benéfico para si.
"Sem o Remco, se calhar vai mudar um pouco em termos de tática. Muitas equipas devem ter uma abordam diferente. A INEOS vai ter uma camisola para defender e controlar. Uma camisola com dois candidatos à geral, que estão muito bem posicionados. Acho que vai ser diferente. Se calhar, vamos ter uma Jumbo atacante em alguns dias. Infelizmente, não têm a melhor equipa para isso, tiveram bastantes vítimas de queda e covid, mas devem tentar fazer o melhor que conseguirem", perspetivou.
Almeida tem identificados os seus principais concorrentes na luta pelo pódio, apontando Thomas, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que é segundo a dois segundos do camisola rosa, o também britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), terceiro a cinco segundos, e ainda o russo Aleksandr Vlasov (BORA-hansgrohe) e o italiano Damiano Caruso (Bahrain Victorious), respetivamente sexto e sétimo da geral, como homens a ter "debaixo de olho".
Os ciclistas da INEOS são mesmo, na opinião do campeão nacional de fundo, as grandes surpresas da primeira parte desta Volta a Itália, já que os outros favoritos "estão a cumprir" com as expectativas.
Almeida, que elogiou o trabalho dos seus colegas sem deixar de recordar que é o plano A da sua equipa, também não excluiu movimentações por parte da UAE Emirates nos próximos dias, seja em etapas planas ou de montanha, com o objetivo de ganhar tempo.
"Nós, se tivermos um dia que seja propício taticamente a atacar, também vamos fazer alguma coisa. Claro que vamos tentar. Depende da etapa e da situação em si", completou.
O quinto classificado da última Vuelta e sexto do Giro2021 abordou ainda o recrudescimento de casos de covid-19 no pelotão, defendendo que há que ser cauteloso e lembrando que "já chegou" ter sido forçado a abandonar a passada edição da "corsa rosa" por ter contraído a doença.
"Não quero ser o próximo a abandonar por covid, o ano passado já chegou", disse.
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