João Almeida adoçou o ano: "Um estreante numa grande volta, ele impressionou"
Patrick Lefevere, patrão da Quick Step, aponta os 15 dias de rosa no Giro como um dos momentos que lhe "aqueceram o coração".
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João Almeida acabou a temporada como 13.º melhor ciclista do ranking mundial fruto do que fez no primeiro e encurtado ano pela Quick Step. Na equipa mais ganhadora do ano (39 vitórias), só Julian Alaphilippe chegou mais alto, sendo sexto devido à conquista na prova de estrada dos Mundiais em Imola. Daí que Patrick Lefevere tenha dedicado umas palavras ao português no balanço de uma temporada "difícil" e de "muitos meses de ansiedade para correr". "A incrível prova do João na Volta a Itália foi outro momento alto, que nos aqueceu o coração, por vários motivos. As quedas nas provas anteriores levaram a mudanças, mas mesmo nestas circunstâncias a equipa esteve incrível. Eles deram tudo e ainda consigo visualizar aqueles momentos em que num grupo de 20 ciclistas nós tínhamos quatro ou cinco", considerou, lembrando o trambolhão que colocou em risco a vida do sprinter Fabio Jakobsen e o voo ribanceira abaixo de Remco Evenepoel na Volta à Lombardia que o impediu de liderar na Volta a Itália.
"Claro que ter o João tantos dias na liderança da prova foi incrível. Um estreante no World Tour e numa grande volta, ele impressionou em variadíssimas ocasiões, lutou de forma admirável. Mostrou uma consistência estonteante, acabando todas as etapas entre o top 30", acrescentou o belga, colocando a par os 15 dias de camisola rosa do jovem de 22 anos com a vitória de Alaphilippe no Mundial, os três dias de amarelo no Tour e ainda a camisola dos pontos conquistada na Volta a França por Sam Bennett.
"Todos têm chance nesta equipa", conclui o patrão da Deceuninck, preparando o que será definido nas próximas semanas: João Almeida será figura em Grandes Voltas em 2021, podendo ser ainda um aliado crucial de Evenepoel nas clássicas, o belga que ganhou no Algarve, em Burgos, na Argentina e Polónia.
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