Patrick Lefevere não gostou da alegada aproximação da UAE Team Emirates ao português.
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O português João Almeida, de 22 anos, foi uma das grande sensações do ano no ciclismo: contra todas as expectativas, o atleta da Deceuninck-QuickStep liderou a Volta a Itália durante uns impressionantes 15 dias e terminou a prova em quarto lugar, naquela que foi a melhor participação de um luso de sempre.
Como tal, o interesse de outras equipas no ciclista surge de forma algo natural, mas o diretor da Deceuninck, Patrick Lefevere, não gostou da alegada aproximação da UAE Team Emirates - equipa de Rui Costa - ao português de A-dos-Francos, nas Caldas da Rainha.
"Estive a par dessas porcarias, mas ele [João Almeida] tem contrato e não há maneira nenhuma de deixá-lo sair", começou por referir Lefevere, em entrevista ao site Cycling News. "Falei com o empresário dele, que não quis falar sobre o próximo ano ou o futuro. Não queria bónus, não queria nada. Uns meses depois, começam a dizer que a UAE está interessada", prosseguiu o diretor dos belgas, pedindo uma penalização para a equipa que terá abordado João Almeida, colocando também um preço no português:
"Eles merecem uma sanção porque não podem falar com ciclistas que estão sob contrato. Como ciclista, se tens contrato até 2022 acaba por ser injusto, porque estás a correr sabendo que vais mudar de equipa... Ele vai ficar de certeza, mas, se me pagarem dois milhões de euros, poderemos falar", rematou Lefevere, irritado com a situação.
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