Português da Deceuninck respondeu a adeptos e revelou ambição. Quer lutar pela geral em Espanha
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Foi quarto na Volta a Itália e uma das surpresas do ano, daí o interesse mediático pelo mundo fora. João Almeida, da Deceuninck-Quick Step, assinalou ontem a sua ambição para 2021, reforçando num inquérito feito por adeptos que quer crescer para ser candidato na próxima Volta a Espanha.
"Há maior responsabilidade este ano e move-me poder ir ao pódio numa Grande Volta. Alimento a possibilidade de fazer uma boa geral na Vuelta. Sinto-me um trepador desde o Giro, percebi que subo bem, apesar de já ter, antes, a ideia de ser completo, porque faço bons contrarrelógios. As subidas longas ajustam-se mais a mim, mas também gosto das curtas e explosivas, como vai ter a Vuelta. Antes, sei que preciso estar bem, porque a Vuelta é uma das últimas corridas", explicou o jovem de A-dos-Francos, relatando o "pouco tempo" de descanso entre 2020 e 2021 e a "dificuldade para a preparação" face ao adiamento de corridas como a Volta ao Algarve, levando-o a mudar o arranque para o UAE Tour, a 21 de fevereiro.
O Giro, esse, foi marcante. "Há uma relação especial com a Volta a Itália. As expectativas não estavam tão altas, levei-me ao limite e evoluí mentalmente. O Giro foi um clique. Este ano, o objetivo é levantar os braços e festejar. Gosto de clássicas como a Liège, mas mais da ideia de lutar por uma geral e tentar vencer provas de uma semana", revela, antes de falar de Portugal: "Espero que cheguem mais ciclistas lusos ao World Tour e sei que inspirei pessoas. Mesmo com o confinamento, vejo mais pessoas na bicicleta e pedem-me sempre fotos".
Froome, cães e videojogos
Numa conversa mediada pelo assessor de Imprensa da Deceuninck-Quick Step, João Almeida falou da vida fora da bicicleta. Diz que nunca pensou ser outra coisa que não ciclista, prefere cães a gatos - embora não tenha animais de estimação -, e confessa passar algum tempo em videojogos. Na atual equipa, diz que o mais divertido é o campeão do mundo, Julian Alaphilippe, confessando ter crescido a ver o ídolo Chris Froome, com quem esteve na Colômbia há dois anos, e ainda ter admiração por Bob Jungels. "Gostava de vencer uma Liège como ele", afirmou sobre o ex-colega, agora na AG2R.
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