O jornalista Carlos Flórido comenta o recorde nacional estabelecido por Rosa Mota na maratona de Chicago de 1985, quando a atleta portuguesa chegou a uma marca que, 33 anos depois, é a mais duradoura da história do atletismo luso.
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Rosa Mota passa a ser, a partir deste sábado, a primeira atleta em Portugal a ter um recorde nacional com 33 anos. É um registo para a história, mas a melhor maratonista mundial de sempre já tinha desde o início do ano o máximo mais duradouro de sempre, pois os seus 2h23m29s tinham deixado para trás, em longevidade, as marcas nos 100 metros de dois antigos velocistas, tripeiros como ela, que se mantiveram intocáveis entre as décadas de 30 e 60 do século passado.
Foi no dia 20 de outubro de 1985 que Rosa Mota teve uma das derrotas mais saborosas de uma carreira onde os triunfos pontificaram - ganhou 14 das 21 maratonas que correu. Na mítica Maratona de Chicago, onde alinhava como bicampeã, Rosa era uma das cabeças de cartaz, já campeã da Europa e medalha de bronze olímpica. As outras eram a campeã olímpica Joan Benoit, a correr no seu país, e a então recordista mundial (2h21m06s), a norueguesa Ingrid Kristiansen.
Na época foi dado pouco relevo à marca de Rosa Mota, pois bateu o recorde sendo terceira e só fazia manchetes com vitórias. Mas atualmente a longevidade das suas 2h23m29s dá que pensar
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