Desde o acidente em Jerez de la Frontera, em 2020, o catalão viveu um calvário, sem nunca deixar de manter o sonho de voltar a ter êxito, trocando a moto de uma carreira (Honda) pela excitante Ducati
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Como dizia um comentador espanhol, "Marc Márquez nunca desistiu. Se caía, levantava-se, e assim fez até atingir o objetivo". Descodificando, para os menos atentos ao Campeonato do Mundo com motos que superam os 300 km/h, o piloto espanhol, nascido há 32 anos em Cervera, na Catalunha, irmão de Álex, provável vice-campeão este ano, ganhou cinco mundiais, bisando em 2013 a 2014, e assinado o tetra 2016/2019. A defesa do prolongado domínio sofreu um KO, em julho de 2020, fraturando o úmero do braço direito. Seguiram-se quatro cirurgias, vários episódios de diplopia (visão dupla), longos períodos de resiliente recuperação e um regresso tímido, mais em jeito de teste ao físico e à mente, que lhe diziam não estar em condições de voltar a vencer. A Honda, namorada desde a estreia no MotoGP, em 2013, foi a montada que levou aos seis títulos, mas também esta foi ficando lesionada, ante a incapacidade de travar a evolução da Ducati.
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