Vencedor do Tour vai tentar manter a tradição da Sky, de abrir as épocas a vencer no Algarve para no verão festejar em França, mas será o primeiro da equipa a alinhar depois de ter ganho a maior corrida mundial.
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A Volta ao Algarve em bicicleta, que vai para a estrada entre 20 e 24 de fevereiro, tornará a reunir a elite das equipas mundiais. Das 18 formações WorldTour, 12 vão estar na Algarvia, e, entre elas, as três primeiras do ranking: Deceuninck-Quick Step (Bélgica), Team Sky (Reino Unido) e Bora-hansgrohe (Alemanha), tendo todas corredores para lutar pela vitória final, pois os belgas contarão com Enric Mas, revelação de 2018 ao ser segundo na Vuelta, os britânicos com Geraint Thomas, vencedor do Tour, e os alemães com o polaco Rafal Majka. Destaque ainda para Amaro Antunes, algarvio que irá liderar a polaca CCC e foi quinto há dois anos.
Thomas está atualmente a treinar em Los Angeles, tal como no ano passado, e desta vez abrirá a época em Valência (6 a 10 de fevereiro), para depois repetir o programa de 2018, com Algarve - andou três dias de amarelo e foi segundo, atrás do colega Michal Kwiatkowski - e Tirreno-Adriático, onde também liderou e foi terceiro. "É uma corrida que adoro, mas tive algum azar nos dois últimos anos", comentou sobre a prova italiana.
O galês conta dois triunfos no Algarve, tendo "oferecido" o do ano passado a Kwiatkowski, que fugiu no último dia para lhe tirar a amarela, e a Sky alinhará procurando manter a sua tradição: sempre que ganhou em Portugal conquistou de seguida o Tour, série iniciada em 2012 com Richie Porte na Algarvia e Bradley Wiggins em França.
Thomas alinhará com bons apoios - Wout Poels, Jonathan Castroviejo e Ben Swift, para já - e um estatuto superior, mas não será o primeiro vencedor do Tour na Algarvia. O pioneiro foi Lance Armstrong, em 2004, e desde então a corrida entrou no mapa mundial.
Quanto ao mais recente vencedor do Tour, já revelou mais detalhes sobre o que fará este ano. "Adorei Liège, que conheci no ano passado, e vou gostar de voltar. Talvez faça as três clássicas das Ardenas, alinhando antes na Amstel e na Flèche [Wallone], mas isso ainda está um pouco no ar", revelou Thomas sobre a sua época, dando já alternativas à Volta a França, que diz querer ganhar de novo, mas tendo a concorrência interna de Chris Froome, este em busca de um histórico quinto triunfo. E para o galês há mais uma meta: "O Mundial, no Yorkshire, vai ser incrível. Acredito que no contrarrelógio posso chegar ao título."