Etapa deste sábado liga Santa Marta de Penaguião a Carrazeda de Ansiães, numa extensão de 147,2 km
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A etapa rainha desta prova está reservada para domingo e pode ser decisiva, com três exigentes contagens de montanha ao longo dos 129,6 quilómetros que vão ligar Tabuaço a Armamar.
Apesar de ser a etapa mais curta, a montanha de primeira categoria na Desejosa e a de segunda na Vila de Fontelo são desafios duros e antecedem mais um final em subida - 6,75 quilómetros com inclinação média de 6,9% e pontos que superam os 13% -, com novo prémio de montanha de primeira categoria na meta.
Francisco Pereira triunfa na segunda etapa. Terminou isolado, tendo Gaspar Gonçalves batido Jorge Gálvez num sprint a dois. Rodrigo Caixas terminou sozinho na quarta posição.
A etapa não terá os tempos contabilizados, aguardando-se o pelotão, que terminará neutralizado e em marcha lenta
A 8 km da meta, Jorge Gálvez e Christophe Morales tentam ganhar vantagem, mas o grupo volta a juntar-se
Francisco Pereira já no último km e sempre isolado
Francisco Pereira, da ABTF-Feirense foge ao grupo já numa fase suave da subida, a 5 km de Carrazeda
Na frente restam apenas Rodrigo Caixas, Gaspar Gonçalves, Francisco Pereira e Jorge Gálvez
Com a etapa neutralizada para o pelotão, os tempos não irão contar para a classificação geral, pelo que Francisco Penuela, da Rádio Popular-Boavista, irá manter a camisola amarela
Devido às condições climatéricas incertas e à paragem, foi decidido que apenas os sete fugitivos irão disputar a etapa. O pelotão segue neutralizado até final. Entretanto, os sete corredores já iniciaram a subida final, com mais de 17 km, até Carrazeda de Ansiães
Corrida está a ser retomada, com a fuga a arrancar à frente, disputando pouco depois a Meta Volante em Favaios. A segunda etapa recomeça com cerca de meia hora de atraso em relação ao pior horário, que previa a chegada a Carrazeda de Ansiães às 15h57
Já começou a segunda etapa do Grande Prémio Douro Internacional.
Os ciclistas completaram a descida em marcha lenta, estando parados de novo, com os comissários reunidos.
Entretanto, na montanha do Alto do Cavalo, Gaspar Gonçalves fora o primeiro a passar, seguido por Rodrigo Caixas
Os corredores estão parados ao km 105, perto de Sanfins do Douro, numa zona de descida sinuosa, com partes de empedrado
Alerta! A corrida foi neutralizada após a subida ao Alto do Cavalo, devido às péssimas condições meteorológicas. A zona de Vila Real tem sido afetada por aguaceiros muito violentos
Em Murça, na Meta Autarquias, Rodrigo Caixas foi o primeiro, seguido por Miguel Salgueiro e Cláudio Leal
Fuga já sobe para o Alto do Cavalo, montanha de terceira categoria ao km 91,7, na qual entrou tendo 4m30s de diferença para o pelotão
Ao km 70, e com a Rádio Popular-Boavista na frente do pelotão, a diferença desce para 4m40s
Depois de Sabrosa, Franklin Chacon, que descolou do grupo, foi alcançado pelo pelotão. Fuga de sete corredores atinge a vantagem máxima de 5m25s
Gaspar Gonçalves, da Aviludo-Louletano, ganhou a montanha de segunda categoria, seguido por Jorge Galvez, Christophe Morales e Miguel Salgueiro
Fogem Rodrigo Caixas, Miguel Salgueiro, Gaspar Gonçalves, Francisco Pereira, Franklin Chacon, Cláudio Leal, Jorge Gálvez e Christophe Morales. Grupo ganha 3m55s ao pelotão
Corrida passa no Pinhão, ao km 26, e dirige-se para a primeira subida, Santa Marinha, prémio de segunda categoria
Pelotão passa compacto no sprint especial da Casa dos Peixinhos, com Francisco Campos, da AP-Tavira, na frente, seguido de João Macedo (Credibom-LA) e de Luís Mendonça (Sabgal)
Alinharam todos os 93 corredores que terminaram a etapa de ontem e o pelotão segue compacto nos primeiros quilómetros
Carrazeda de Ansiães, após 147,2 km desde Santa Marta de Penaguião, vai ter o primeiro dos três testes à liderança de Francisco Peñuela e da Rádio Popular-Boavista. A etapa tem três contagens de montanha, no total contempla 50 km a subir e o mais desafiante será precisamente o final. A escalada até à meta começa na Foz do Tua, tendo 17,7 km com uma inclinação média de 3,5%. Parece uma subida suave, mas, na realidade, conta com várias zonas rápidas - incluindo os últimos 3 km, planos - e outras com pendentes acima dos 10%, na fase inicial. “A ambição é a geral e já tenho um ponto de partida”, avisou Mathias Bregnhoj, segundo da geral.
Miqel Valls Alemany, espanhol das baleares com 24 anos, foi internacional pelo seu país no triatlo, converteu-se ao ciclismo e atingiu o profissionalismo em 2023, pela Aviludo-Louletano. “Não quiseram renovar”, lamentou, agradecendo a hipótese de ficar em Portugal, pela CCL-Matdiver, vestindo ontem a camisola de melhor amador, depois de quase ganhar a etapa. “Apanharam-me a 100 metros. Na última subida não conseguia fazer mais. O Francisco passou muito rápido por mim”, disse “Miki”, que procura “novo contrato como profissional”.
Apesar da média muito baixa (35,42 km/h), o calor e a dureza da etapa fizeram mais mossa do que o habitual. Alinharam 105 corredores - Mauricio Moreira, doente, foi trocado à última hora - e 11 ficaram pelo caminho, nove das equipas sub-23. O pelotão terminou em pequenos grupos, o último a 38 minutos do vencedor, mas a meta só fechou com Hugo Ortega, da Zamora, 55m20s depois e eliminado.
“Gosto de dar espetáculo!”, atirou Luís Mendonça a O JOGO, depois de protagonizar uma etapa que ficará na sua memória, pela “loucura de sensações”, como o próprio corredor da Sabgal-Anicolor caracterizou.
O vencedor do ano passado, que pretendia ganhar isolado logo na primeira etapa - “O plano era esse, pois sei que Armamar será duríssimo e aí não resisto aos trepadores”, explicou -, sentiu-se mal de início. “Tinha uma dor de barriga horrível, sentia-me estranho, pensei que era o fim da minha corrida. Tive de parar”, confessou. Depois, surpreendeu-se. “Curiosamente, saí bem dessa indisposição. Mal encostei ao pelotão, na descida, passei direto para a frente”, narrou. Pelo caminho, teve dissabores de que preferiu não falar, mas que se traduziram numa multa de 100 euros e 20 segundos de penalização, por “impulso repetido na viatura da equipa”, escreveram os comissários.
A verdade é que Mendonça, rei das descidas, brilhou daí em diante. “Alcancei a fuga”, lembrou, sobre o momento em que se juntou a Tiago Leal e Abner Gonzalez, para depressa os deixar e se isolar. “Como gosto muito de descer, passei a representar uma dificuldade para os adversários, que tiveram de me perseguir. Num terreno rompe pernas, e pedalando sozinho, foi um sofrimento enorme, só Deus sabe”, completou.
“Foi pena ser alcançado, mas é bom ser protagonista numa corrida que está mais dura do que o ano passado. Sabe bem estar em forma e em destaque”, terminou o paredense, alcançado a 10 km da meta e agora destinado a ajudar Mathias Breghnoj, o melhor da Sabgal. “Foi uma etapa espetacular, que acabou com o pelotão esfrangalhado. Vou ver se melhoro, para tentar vencer uma etapa”, prometeu.
“Estou muito contente. Ganhar uma etapa e vestir a amarela é um sonho. Lutava há muito por isto e sempre a ficar perto, desta vez chegou a recompensa”, sintetizou Francisco Peñuela, já de camisola amarela vestida, acreditando que o diretor-desportivo José Santos “está satisfeito” com os seus desempenhos e prometendo “continuar a trabalhar, para agradar à Rádio Popular e restantes patrocinadores”.
O jovem venezuelano, arrojado na estrada, revela ainda sentido de marketing, mas não sabe bem o que o espera a partir de hoje. “Não sei como defender a amarela. Não conheço as etapas, vou descobrir dia a dia. Sei que será difícil, mas tentarei. Vou ter adversários muito fortes e darei tudo até segunda-feira”, prometeu.
Garantido é já o balanço positivo desta época. “Tenho trabalhado muito, depois de um ano complicado, com lesões e uma fratura de clavícula”, contou, explicando a sua saída da Israel Academy, naquele que pensava ser um passo para o topo. “No final da época anterior não sabia qual era o meu futuro. Ligou-me o Juan Campos a dizer que tinha o Boavista para mim. Vim com tudo”, diz, agradecendo ao empresário e esperando ainda “chegar ao World Tour”.
Uma troca a meio da época é pouco comum, mas a Kelly-Simoldes-UDO surgiu no Grande Prémio Douro tendo o GI Group como primeiro patrocinador. Luís Pinheiro, diretor-desportivo da Oliveirense, explicou como isso foi possível: “A Kelly era nosso patrocinador desde 2020 e no início do ano foi adquirida por um grupo italiano, o GI Group. Já sabíamos que a meio da temporada teríamos de alterar a designação”. Com um orçamento de 230 mil euros, “baixo para o atual contexto”, lembra Pinheiro, existe a expectativa de que possa aumentar em 2025, pois na companhia italiana de recursos humanos “estão agradados por terem uma equipa de ciclismo e com os nossos valores”, diz, lembrando a aposta de sucesso em jovens portugueses e destacando ainda o apoio da Simoldes, que coloca “Oliveira de Azeméis na primeira linha do desporto”.
Francisco Peñuela é venezuelano, tem 23 anos, chegou à Rádio Popular-Boavista depois de uma época como promessa na Israel Academy e ficara perto do triunfo no Alentejo, no GP O JOGO e no Abimota. Depois da coleção de segundos lugares chegou o triunfo, festejado de forma eufórica em São Martinho de Mouros, no concelho de Resende, e com o bónus de vestir a camisola amarela do 4.º Grande Prémio Douro Internacional. Mas chegar ao momento de festa não foi simples. O axadrezado teve de levar a melhor naquela que foi a quarta fuga de 141,5 quilómetros de espetáculo.
A meteorologia extrema poupou os corredores, que mesmo assim partiram de Caldas de Aregos sob 31 graus e com o ar coberto de poeiras. A primeira escapada demorou, para depois João Macedo (Credibom-LA), Leangel Linarez (Tavfer), Francisco Campos (AP-Tavira), Tiago Ferreira (GI Group), Carlos Oyarzun (Aviludo), José Martin (CCL Matdiver) e Fabrizio Crozzolo (Technosylva) ganharem dois minutos ao pelotão, esboroados na subida de São Cristóvão, uma das subidas nacionais mais difíceis (11,2 km a 7,6%). Na escalada foram Tiago Leal (RP-Boavista) e Abner Gonzalez (Efapel), a isolar-se, para serem apanhados e ultrapassados na descida, por um ciclone chamado Luís Mendonça (Sabgal-Anicolor).
O vencedor do ano passado queria repetir a gracinha, mas aguentar mais de 50 km em solitário era impossível. Com o aproximar do final foram Mathias Bregnhoj (Sabgal), Tiago Antunes (Efapel), Nicolas Tivani (Aviludo-Louletano) e Francisco Peñuela a passar para a frente.
“Não existia muito entendimento e fomos alcançados por um corredor vindo de trás, que atacou a um quilómetro do final”, contou Peñuela, referindo-se à surpresa Miquel Valls, da Amadora CCL-Matdiver. “Eu arranquei a uns 500 metros e passei por ele”, explicou ainda o venezuelano, que conseguiu festejar com uns bons metros de vantagem para Bregnhoj, talvez o mais intimidante dos adversários. O dinamarquês é das maiores apostas da Sabgal e ainda mal se mostrou entre nós.