FPN alerta: "Esta medida estará a matar à nascença os clubes do polo aquático nacional"
Direção-Geral de Saúde considerou a modalidade de alto risco, obrigando à realização de testes 48 horas antes da competição
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A Federação Portuguesa de Natação (FPN) alertou que o polo aquático acabará em Portugal caso tenha de pagar os testes à covid-19 por ter sido classificado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) como um desporto de alto risco.
"Se esta medida for para ser aplicada - é uma recomendação da DGS e, como é óbvio, a FPN, com poderes delegados do Estado, terá de a cumprir - estará a matar à nascença os clubes do polo aquático nacional", sentenciou o presidente do organismo, António José Silva, em declarações à Lusa.
Ao abrigo das normas da DGS, as modalidades incluídas no grupo de alto risco devem realizar testes até 48 horas antes da competição.
Assim sendo, e contabilizando somente os 15 jogadores da ficha para cada encontro, sem contar com equipa técnica e dirigentes, igualmente obrigados aos testes, a FPN estima um gasto de "5.500 a 6.000 euros por mês" por parte de cada clube - vários com equipas de ambos os sexos e diversos escalões - só para cumprir com este requisito.
"As instituições particulares desportivas não têm condições financeiras para o fazer. São centenas de milhar de euros na época. Os clubes não têm condições de o suportar e assim só têm uma solução, fechar a porta", avisou.
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