"Festejar em cima da geleira foi dos melhores momentos da carreira. Obrigado à mãe do Pidcock"

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"Vencer a Vuelta é muito especial. Quando soube que não haveria cerimónia de pódio, fiquei muito dececionado. Estavam a tirar-me aquele momento", contou Jonas Vingegaard, que só esta terça-feira chegou à Dinamarca, dando várias entrevistas em que se recusou a falar das questões políticas que marcaram a corrida, mas fez revelações sobre o final original. "A verdade é que festejar em cima de uma geleira foi ainda mais bonito, foi um momento mais íntimo. Muito mais significativo do que esperava quando ouvi a ideia. Foi dos melhores momentos da minha carreira", contou o corredor da Visma-Lease a Bike, com uma revelação.

"Quem deu a ideia foi a mãe do Tom Pidcock, obrigado a ela. Através da Q36.5 e da nossa equipa, tudo foi montado rapidamente. Estávamos em hotéis diferentes, mas todos próximos daquele onde estava o Pidcock. Foi tudo feito em segredo, porque o Matthew Riccitello tinha de receber a camisola branca. Se os manifestantes soubessem, talvez não fosse tão seguro".

O pódio improvisado no parque de estacionamento do hotel, com geleiras para elevar os três primeiros, um pano das entrevistas da Vuelta a servir de fundo e taças improvisadas, foi organizado em 45 minutos e os ciclistas, de Visma, UAE Emirates, Lidl-Trek e Israel-Premier Tech, não estavam muito entusiasmados. Já todos se preparavam para uma noite descontraída em Madrid e tiveram de se equipar de novo. No final, sentiram que viveram o momento do ano no ciclismo.