Título da última época foi muito contestado pelo FC Porto, que chegou a apresentar queixar após o encontro com o Benfica na ponta final do campeonato de andebol.
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O jornal Correio da Manhã faz esta terça-feira manchete com um alegado esquema de corrupção levado a cabo pelo Sporting para conquistar o campeonato na temporada passada. O diário escreve que o referido esquema era liderado por André Geraldes, atual team manager do futebol profissional, mas que na altura era responsável pelas modalidades do clube leonino.
O Sporting pagaria até dois mil euros a árbitros para que estes beneficiassem o clube e prejudicassem o FC Porto, principal rival dos leões na luta pelo título, inclusivo nos jogos com o eterno rival Benfica, de modo a que o Sporting se isolasse na liderança.
Ora, houve um encontro entre Benfica e FC Porto, que as águias venceram e que permitiu ao Sporting chegar ao primeiro lugar, jogo esse que foi muito contestado pelos dragões. O Conselho Técnico da Federação de Andebol indeferiu, por unanimidade, o protesto interposto pelo FC Porto, alegando erros de arbitragem. O FC Porto recorreu ao Conselho de Justiça da Federação de Andebol de Portugal (FAP) pelo indeferimento do protesto relativamente ao jogo com o Benfica, no qual perdeu a liderança, na penúltima jornada da prova.
O conselho técnico da FAP indeferiu, por unanimidade, o protesto interposto pelo FC Porto, considerando não existirem fundamentos, e confirmou a vitória do Benfica, por 28-27, na nona e penúltima jornada do campeonato, a primeira em que os dragões não estiveram no comando da competição, perdido para o Sporting.
O FC Porto contestava dois erros de arbitragem ocorridos nos derradeiros segundos do encontro da Luz, o primeiro dos quais um golo que entende mal anulado a Alexis Borges, na conclusão de uma situação de advertência de jogo passivo, que colocaria os portistas na frente por 27-28 - na resposta, o Benfica marcou e assim atingiu a vantagem final.
O outro lance decorreu após o tento encarnado e os portistas reclamam uma não desqualificação e, acima de tudo, a não marcação de um livre de sete metros nos derradeiros segundos, após falta de Tiago Pereira sobre Rui Silva. "Por acontecer nos últimos 30 segundos do jogo, e de acordo com as regras, essa falta deveria ter sido punida com expulsão e livre de sete metros. Seria, indiscutivelmente, uma oportunidade soberana para o FC Porto restabelecer o empate de que necessitava, de forma a depender apenas de si próprio para conquistar o campeonato", justificavam os dragões.
O Sporting venceria depois o Benfica por 25-23 e conquistou o título 16 anos depois. Conselho de Justiça negou provimento ao recurso do FC Porto.