A época chegou ao fim em França, com o título atribuído ao PSG, que se sagra campeão pela sexta vez seguida, e sem descidas de divisão nas duas ligas profissionais
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A Liga Francesa de Andebol deu a época por terminada, atribuindo o titulo ao PSG, que seguia isolado, com mais cinco pontos do que o Nantes, de Alexandre Cavalcanti. Não haverá descidas, o que levará a Starligue a ter, em 2020/21, 16 clubes, medida que beneficia o Tremblay, de Pedro Portela, que era último no principal escalão, e o Cesson-Rennes, de Hugo Lima, que liderava na Proligue e desta forma se sagrou campeão.
Se o colosso parisiense ficou com a vida resolvida, pois, como campeão, tem lugar na próxima edição da Champions, que terá formato renovado, com acesso automático só para os campeões de cada país, o mesmo não ocorre com as outras equipas. A liga adiantou que iria comunicar à EHF que as vagas para a Liga Europa (que sucede à Taça EHF) serão para os classificados entre o segundo e o quinto posto, Nantes, Nimes, Montpellier, este de Gilberto Duarte, e Toulouse, por esta ordem. Algo ainda incerto, pois a EHF, em função da atipicidade de 2019/20, poderá não arrancar já com o novo figurino.
O Montpellier está envolvido nesta guerra e o presidente adiantou que apresentará um dossiê para assegurar um "wildcard" para a Champions. Gilberto Duarte revelou dúvidas. "Não falo até ver qual é a posição do clube e da EHF, para saber que posição hei de tomar. Só poderei dizer algo depois disso", disse a O JOGO. O Nantes, de Alexandre Cavalcanti, irá pelo mesmo caminho: "Isto para nós é bom, porque asseguramos o segundo lugar. Queríamos ir à Liga dos Campeões. Estávamos bem encaminhados e, com esta decisão, será a primeira vez que vou jogar a Champions. É a primeira vez desde que jogo andebol que estou de férias em abril, mas é uma coisa que vai além do desporto."
Quem lucrou foi o Tremblay, de Pedro Portela, que evitou uma descida quase certa. "A liga já queria passar a 16 equipas, o que sucederia na próxima época. Assim já fica feito", referiu o ponta português, concluindo: "A liga percebeu que os jogadores teriam de ter uma preparação prévia e isso ia adiar mais ainda o recomeço do campeonato. Para o Tremblay, que, devido à primeira volta menos boa que fez, estava em dificuldade, foi bom, porque se manteve na I Divisão. Foi a decisão mais acertada. Estou de férias em abril. Nunca pensei..."
Lima campeão na segunda
"Foi a minha primeira época fora e é a primeira vez que sou campeão, é um momento agridoce. Toda a gente quer ser campeã dentro de campo e nós, tendo sido dentro de campo, não o fomos numa prova até ao fim, não houve aquele jogo de consagração", disse ontem Hugo Lima a O JOGO. O central natural da Amadora, tendo começado a jogar na Académica, de onde se transferiu para o Benfica com 13 anos, diz-se, apesar de tudo, satisfeito. "Fomos a equipa mais regular, mesmo com algumas vitórias sofridas, o que aqui é natural, porque em França, mesmo na II divisão, todos os jogos são altamente competitivos. Se continuasse, acho que íamos ser campeões na mesma, mas isso nunca se vai saber", admitiu o meia-distância, que ainda passou pelo Madeira SAD, emprestado pelos encarnados, voltando depois à Luz antes de se fixar em França, onde se quer manter. "Só tinha este ano de contrato, mas também já tinha tido reuniões para renovar, embora agora tenhamos de ver o que acontece com isto da covid-19", contou. "Tudo muda muito rapidamente, mas correu-me bem, fui titular em quase todos os jogos", terminou Lima.
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