Concluído o tratamento hormonal, Tifanny Abreu integra a equipa feminina italiana do Golem Volley. Na passagem por Portugal, fez parte da equipa masculina do Esmoriz
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A nova história de Tifanny começou no último domingo, dia em que se estreou oficialmente na equipa feminina do Golem Volley.
Aos 32 anos, após completar o tratamento hormonal e concluído o processo de alteração dos documentos, Tifanny quer encerrar de vez o passado e, em entrevista ao "Globoesporte", pediu até que o nome do passado não fosse citado.
Mas a história é relativamente bem conhecida, e tem uma passagem por Portugal, onde a brasileira, então ainda como Rodrigo Abreu "Pará", integrou a equipa masculina do Esmoriz.
Já no decorrer do processo de transição de género, que iniciou em 2013, Tifanny prosseguiu em equipas masculinas de voleibol nos campeonatos holandês e belga.
Autorizada pela Federação Internacional de Voleibol a disputar a liga feminina, a brasileira sabe que ainda tem de vencer preconceitos, isto apesar do apoio expresso pelo atual clube.
"Até disseram que quebrei um dedo a uma menina no treino, sendo que eu não estava no treino quando isso aconteceu", exemplificou, ao "Globoesporte", garantindo ainda não ter vantagem física sobre as demais. "Estou dentro da lei. O meu nível de testosterona está baixíssimo", explica.