Edgar Pinto e o orgulho de levar uma equipa pequena a um triunfo internacional. Conheça-o melhor
Edgar Pinto salientou a O JOGO o orgulho de levar a modesta Vito-Feirense a uma vitória internacional.
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Num fim de semana com campeões em várias modalidades e alguns sucessos memoráveis - como o do tenista João Sousa -, Edgar Pinto passou um pouco despercebido. No entanto, o corredor da Vito-Feirense destacou-se em Espanha e obteve não só a sua maior vitória como uma das mais interessantes do ciclismo nacional. A Volta à Comunidade de Madrid foi celebrada no último de três dias de prova, já depois de Pinto ter ganho a etapa inaugural.
"Foi uma grande celebração, confesso", disse a O JOGO já no autocarro, de regresso a Portugal. E não era para menos, após a exibição da formação portuguesa. "Foi uma vitória importante para todos nós. Numa altura em que poucos acreditavam e numa prova que poucos acreditavam", revela Pinto. O versátil corredor de 32 anos estava convicto de que poderia conseguir um bom resultado, para o qual diz muito ter contribuído a vitória na primeira tirada, a única que fez diferenças no pelotão. "Sabia que estava bem, a subir de forma. Tínhamos definido que tanto eu como o Xuban Errazkin poderíamos lutar pela vitória. Éramos os líderes, mas como ganhei uma etapa sabia que estava em vantagem para agarrar a geral", indicou.
Edgar Pinto entrou no palmarés de uma prova onde só constava outro nome português, o de Rui Costa, venceu em 2011, pela Movistar. Sem comparar o feito, Edgar Pinto sabe que a Vito-Feirense-Blackjack superou equipas como essa mesmo Movistar. "Estou feliz por conquistar, em Madrid e numa equipa pequena, este êxito. Sem comparar-me com o Rui Costa, reconheço que é uma honra ganhar em Espanha", finalizou.
A melhor época até agora
Natural de Albergaria, Edgar Pinto esteve muitos anos na LA Alumínios, fez duas épocas na Skydive Dubai e procura na Vito-Feirense fazer a melhor temporada da carreira, levando já três triunfos (etapa na Volta ao Alentejo e etapa e geral em Madrid), isto depois de um jejum de grandes êxitos desde 2014, ano em que ganhou a etapa da Volta a Portugal em Mondim de Basto e foi quinto da geral. "Entrei bem colocado e só tinha de chegar dois lugares adiante do Fabio Duarte", disse sobre o sprint na La Castellana, em Madrid, onde um quinto lugar bastou para tirar a liderança ao rival da Manzana.