Max Verstappen foi o mais rápido nos primeiros treinos do Canadá e está contra as alterações nas regras, que em teoria favorecem a Red Bull. Mas a Mercedes já mexeu num carro...
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"É errado a FIA mudar as regras da Fórmula 1 a meio da época", disse o sempre direto Max Verstappen, ainda antes de ser o mais rápido no segundo treino livre do Grande Prémio do Canadá, embora a alteração feita de forma unilateral pela Federação Internacional do Automóvel, dada a falta de entendimento entre as equipas, possa favorecer a Red Bull, já que irá obrigar as equipas mais afetadas pelo "porpoising", a oscilação dos novos carros que massacra as costas dos pilotos, a alterá-los. E o atual campeão lidera isolado o Mundial por ser, precisamente, dos menos afetados.
A FIA decidiu intervir "em nome da segurança", pois "a mais de 300 km/h a concentração dos pilotos não pode ser afetada por fadiga ou dores", assim como "existe a preocupação sobre o impacto físico na saúde dos pilotos, que têm reportado dores nas costas". O próximo passo será medir "a aceleração vertical dos carros determinar um valor aceitável para as oscilações", escreveu o organismo, convidando as equipas a colaborar no estudo, para elaborar uma "fórmula matemática" que obrigará as equipas a alterar as suspensões. E logo aqui começam os problemas, com os rivais Christian Horner, da Red Bull, e Toto Wolff, da Mercedes, a concordarem que não será fácil vigiar quem "oscila" mais do que o permitido.
Sendo a Mercedes a equipa que mais tem sofrido com o "porpoising", e surgindo a Ferrari também com lamentos em Baku, a voz contrária de Verstappen custa a entender. "Não me interessa se funciona a favor ou contra nós. Não é correto mudar a meio do ano. E cada equipa deve encontrar o seu limite", explicou o piloto da Red Bull. Na Mercedes, e aproveitando a abertura da FIA para se encontrar soluções, ontem já se colocou um segundo fundo no carro de George Russell. Verstappen, afinal, pode ter a sua razão...
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