Dolgopolov, antigo número 13 mundial, detalha papel na guerra: "Não sou um soldado profissional"
Antigo tenista ucraniano deixou críticas à ATP, que, no entender do antigo top 15 mundial, está a ser demasiado benevolente
Corpo do artigo
Alexandr Dolgopolov já foi um dos talentos do ténis mundial, mas, por estes dias, vive num contexto completamente diferente. Os courts de ténis foram trocados pelas ruas da Ucrânia, com o antigo tenista a ser um dos desportistas e ex-desportistas na defesa do seu país.
"Não sou um soldado profissional, sou um desportista acima de tudo. Não estou na linha da frente, como os nossos heróis militares, mas juntei-me à defesa territorial. Tento mobilizar fundos, sou também um porta-voz, tento testemunhar para responder a diferentes meios de comunicação social, para trazer esta verdade ao mundo. Também vou frequentemente a Chernihiv (uma cidade localizada 150 km a norte de Kiev) para fornecer kits de proteção, coletes à prova de bala. Muitas pessoas, civis, precisam de ajuda", explicou, em declarações à BFMTV.
14702442
Dolgopolov, que abandonou a modalidade ao mais alto nível no ano passado, deixou fortes críticas à ATP, que, no entender do antigo tenista, está a ser demasiado benevolente.
14699509
"Penso que a federação mundial de ténis não tomou uma posição suficientemente forte. Já vimos outras federações internacionais, como a FIFA, que proibiram atletas bielorrussos e russos, e penso que é correto, porque esta guerra tem de ser travada. Os desportistas não podem hastear as bandeiras destas nações enquanto a guerra está em curso. Antes não estava envolvido em política, mas os cidadãos russos também têm de fazer perguntas e agir", questionou.