Pelotão português parte para a estrada no próximo domingo, em Aveiro.
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A pandemia de covid-19 trocou as voltas ao pelotão, mas não encurtou o número de dias da temporada velocipédica nacional, que arranca, com dois meses de atraso, no domingo em Aveiro, com a tradicional Prova de Abertura.
Um pouco por todo o Velho Continente, as bicicletas rolam sem parar desde finais de janeiro/inícios de fevereiro, com Portugal a ser caso único na ausência de corridas, muito por culpa dos números impactantes da terceira vaga da pandemia, que obrigaram a novo confinamento geral desde meados de janeiro e, por conseguinte, ao adiamento, entre outras, da prova-estrela do calendário nacional, a Volta ao Algarve, que este ano iria inaugurar a época, entre 17 e 21 de fevereiro.
A reformulação do calendário pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) recolocou a Prova de Abertura como primeira corrida do ano e garantiu que, apesar do início mais tardio da época, o número de dias competitivos para as equipas continentais fosse igual ao de 2019, o último ano que decorreu em condições de normalidade.
Assim, entre 11 de abril e 05 de outubro, o pelotão nacional vai dispor de 59 dias de competição, "impulsionados" pelo nascimento de novas provas, designadamente o Grande Prémio do Douro Internacional (10 a 13 de junho) e a Clássica de Viana do Castelo (03 de julho), e por um pós-Volta a Portugal mais competitivo, uma reivindicação antiga das equipas lusas.
O primeiro momento alto do renovado calendário velocipédico nacional será, inevitavelmente, a 47.ª Volta ao Algarve, que, contudo, deverá sofrer uma considerável redução na sua "constelação de estrelas", uma vez que coincide em datas (05 a 9 de maio) com o arranque da Volta a Itália (08 a 30 de maio).
Embora a "Algarvia" seja a única prova 2.Pro a disputar-se por cá - e, por isso, a mais importante das competições nacionais integradas no calendário da União Ciclista Internacional (UCI) -, a obsessão das equipas lusas é outra e chama-se Volta a Portugal.
A 82.ª edição da "prova rainha", substituída por uma edição especial no ano passado, vai para a estrada entre 4 e 15 de agosto, já depois de disputadas a Volta ao Alentejo (23 a 27 de junho) e o Grande Prémio Torres Vedras-Troféu Joaquim Agostinho (16 a 18 de julho), as outras duas provas por etapas internacionais realizadas em Portugal.
Com a temporada a encerrar no habitual Festival de Pista de Tavira (05 outubro), os grandes atrativos do pós-Volta serão o Grande Prémio Jornal de Notícias, agendado entre 30 de agosto e 05 de setembro e o Campeonato Nacional de Rampa, marcado para 12 de setembro, na icónica subida da Senhora da Graça, em Mondim de Basto.
Calendário do ciclismo de estrada (elites):
11 abr: 1.ª Prova da Taça de Portugal - Prova de Abertura - Região de Aveiro.
25 abr: 2.ª Prova da Taça de Portugal - Clássica Aldeias do Xisto.
02 mai: Clássica da Arrábida.
05 mai-09 mai: Volta ao Algarve.
13 mai-16 mai: Grande Prémio O Jogo.
22 mai-24 mai: Grande Prémio Açores - Volta a São Miguel.
29 mai: Memorial Bruno Neves.
30 mai: 3.ª Prova da Taça de Portugal - Volta a Albergaria.
02 jun-06 jun: Grande Prémio Abimota.
10 jun-13 jun: Grande Prémio Douro Internacional.
18 jun-20 jun: Campeonato Nacional de Estrada.
23 jun-27 jun: Volta ao Alentejo.
03 jul: Clássica Viana do Castelo.
04 jul: Grande Prémio Anicolor.
16 jul - 18 jul: Grande Prémio Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho.
04 ago-15 ago: Volta a Portugal.
20 ago: Circuito de Alcobaça.
22 ago: Circuito da Malveira.
23 ago: Circuito da Moita.
23 ago: Circuito de Nafarros.
30 ago-05 set: Grande Prémio Jornal de Notícias.
12 set: Campeonato Nacional de Rampa.
18 set: Rota da Filigrana.
05 out: Festival de Pista - Tavira.