Autoridades vietnamitas anunciaram quarentena de 14 dias para quem viajar de Itália, o que impedirá a entrada da Ferrari e dos técnicos da Pirelli, que fornecem pneus a todas as equipas. Podem seguir-se Austrália e Barém
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A Fórmula 1 adiou o Grande Prémio da China, que estava previsto para 19 de abril, para uma data incerta, garantindo todo o restante calendário, mas o aumento do número de casos de coronavírus deverá mudar em breve essa visão otimista.
O Grande Prémio do Vietname, nova joia da coroa da Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, está previsto para 5 de abril, mas deverá ter o seu adiamento anunciado em breve, pois o país decretou uma quarentena de 14 dias para todos os viajantes vindos de China, Coreia do Sul, Itália e Irão, os quatro países mais afetados pelo vírus.
Perante este cenário, que impedirá a entrada em tempo útil de quase todos os elementos da Ferrari, que tem sede em Itália e no epicentro da crise, ou a corrida se faz sem a equipa mais famosa ou terá de ser adiada. Este parece ser o único cenário lógico, até porque Alfa Romeo e Alpha Tauri também possuem sedes e parte do pessoal em Itália, de onde sai ainda a maioria do "staff" da Pirelli, fornecedora de pneus de todas as equipas.
Curiosamente, e apesar das medidas anunciadas, as autoridades vietnamitas continuam a garantir a realização do primeiro Grande Prémio da sua história, num circuito montado nas ruas de Hanói.
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Mas os problemas da Fórmula 1 não deverão ficar por aqui: a Austrália, alarmada pela primeira transmissão do vírus entre os seus cidadãos, conta 33 casos e está a estudar medidas de prevenção que podem afetar o primeiro Grande Prémio da época, previsto para dia 15.
E a corrida seguinte, no Barém, a 22 de março, justifica ainda mais apreensão, pois no pequeno reino de 1,5 milhões de habitantes já há 49 casos de COVID-19.