Ex-ciclista recordou episódio inusitado que ocorreu já depois do escândalo de doping.
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Figura incontornável do ciclismo e desporto mundial, Lance Armstrong volta a estar debaixo das luzes da ribalta à conta do documentário "Lance", da ESPN, que recorda a carreira e o escândalo de doping que levou a que o norte-americano perdesse os sete títulos que conquistou na Volta a França, entre 1999 e 2005.
"Quando a minha vida levou a volta que levou, pensei que onde quer que fosse, para o resto da minha vida, haveria sempre alguém que me dissesse 'vai-te f...'. Mas depois passam uns dias, meses, anos e ninguém diz. Percebo sempre quando alguém quer dizer isso. Mas não dizem. Demorou cinco anos", começou por referir o ex-ciclista, que recordou um episódio em particular, ocorrido no exterior de um bar, em que foi insultado por várias pessoas.
"Estava a morar numa casa alugada e chamei um Uber, que parou na rua, mesmo em frente a um bar. Do outro lado, um tipo levanta-se e grita: "Ei, Lance! Vai-te f..., vai-te f...!" Quando dou conta, juntam-se seis ou sete pessoas e começam todos: 'Vai-te f..., batoteiro de merda'. A minha amiga diz-me para entrar no carro, porque pensou que eu ia lá parti-los todos, o que teria sido uma má ideia. Era o que faria durante grande parte da minha vida. Estava chocado e zangado, tinha de fazer algo. Eu, Lance, não deixo coisas destas acontecerem", relatou Armstrong, que acabaria por reagir de forma, no mínimo, surpreendente:
"Telefonei para o bar. 'Aqui está o número do meu cartão de crédito. Seja o que for que eles comeram e beberam, não importa o preço, fica por minha conta, com uma condição. Têm de dizer: 'Pessoal, o Lance tratou de tudo e manda cumprimentos'. Algumas pessoas ainda estão chateadas e ficarão assim para sempre", concluiu Armstrong, de 48 anos.
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