Carlos Carneiro em exclusivo: o título, os adeptos e o abraço de Bruno de Carvalho
Carlos Carneiro festejou mais um campeonato nacional e, em entrevista exclusiva a O JOGO, recorda o apoio no jogo do título do Sporting.
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O central que começou a jogar aos 14 anos no Vitória de Guimarães viveu este fim de semana mais uma conquista, a do bicampeonato pelo Sporting.
Que emoções sentiu com a conquista do bicampeonato de andebol?
-Foi uma alegria grande, o culminar de uma época difícil, bastante dura. Participámos na Liga dos Campeões, houve algum desgaste físico e até emocional, mas realmente a equipa está com uma alma tremenda, tem um grande espírito de sacrifício, um compromisso fantástico, toda a gente quer, desde quem joga muito até quem joga menos. Trabalhamos para isto, para sermos campeões, é um sentimento de dever cumprido.
Desta vez, a festa foi no Pavilhão João Rocha. Com os adeptos, em casa, é diferente?
-Sim, um pavilhão cheio, que nos apoiou desde o início. Aliás, foram os adeptos que fizeram a diferença. Quando tivemos aquela fase complicada, na segunda parte, em que o Benfica passou para a frente, a força deles foi decisiva. Estávamos com muitos problemas físicos, alguns jogadores de fora, outros a jogar bastante limitados, como o Ruesga, ou o Cláudio, que não acabou o jogo. Eu também estava com problemas e depois, não sendo nossa a pressão, não sendo decisivo para nós, havia ali algo para conquistar e não queríamos falhar. Nesse momento, os adeptos foram determinantes.
Nos festejos, ficou a sensação de que o presidente Bruno de Carvalho deu dois abraços mais demorados: a si e ao Cláudio Pedroso. Que abraço foi aquele?
-Não sabia, não tive essa noção. O presidente é uma pessoa muito apaixonada pelo clube, tem uma forma de estar muito própria, tudo o que precisamos ele dá e nós também queríamos conquistar o título ali. Foi um abraço com muita emoção, queríamos dar-lhe ali aquela prenda.
Ainda falta a Taça de Portugal, um novo foco...
-É verdade e com um dado interessante: já não há uma dobradinha há muitos anos, nem me recordo quando foi a última [ndr: em 2000/01 e do Sporting] e claro que queremos acabar a época com mais um título, sendo a Taça de Portugal uma prova espetacular. Primeiro será o FC Porto, passando deverá ser o Benfica, ou seja, um fim de semana duro, mas a equipa vai dar tudo para conquistar este troféu.
O FC Porto está numa fase negativa, sem títulos há dois anos e esta época já só pode vencer a Taça de Portugal. Isso poderá dificultar a missão do Sporting?
-A Taça de Portugal é uma prova especial, toda a gente vai estar supermotivada, até o FC Gaia. O FC Porto estará a preparar-se, tem excelentes jogadores e, às vezes, são fatores psicológicos que fazem com que não se atinjam objetivos. Serão dois dias e tudo pode acontecer. O FC Porto tem aspirações, tem uma grande equipa, pelo que se quisermos estar na final teremos de ter vontade e muito respeito pelo adversário.