Vimaranense falhou, no Open de Chengdu, acesso à 11.ª final da carreira, mas teve uma despedida lucrativa.
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Durante grande parte do último verão, João Sousa viveu um período mau, entre Wimbledon e o US Open, registando seis derrotas noutros tantos torneios. É verdade que essa fase negativa teve repercussões no ranking (chegou a estar fora do top 60), mas o vimaranense nunca perdeu o equilíbrio na gestão das emoções, consciente do facto de ter cedido vários encontros nos detalhes, raramente baixando o bom nível técnico, tático e físico. A presença nos oitavos de final do US Open foi o balão de oxigénio que lhe recuperou a confiança, e mesmo tendo perdido à primeira em São Petersburgo - torneio disputado logo a seguir à ronda da Taça Davis de má memória na Ucrânia (1-3) -, voltou a atingir a plenitude do seu ténis durante esta última semana, no certame chinês de Chengdu.
Ontem, nas meias-finais, foi batido por Bernard Tomic (123.º), por 4-6 e 4-6, tendo o prodígio/rebelde australiano assinado uma belíssima exibição, comprovando que os talentosos são ainda melhores quando se sacrificam, justificando, numa frase, o bom momento que atravessa: "Tenho competido bastante nos últimos dois/três meses e estou a recolher os dividendos."
Aliás, o próprio João Sousa (50.º) reconheceu todo o mérito do antigo 17.º mundial (2016) - "Fez um grande encontro e foi superior", destacou -, lamentando apenas ter sentido "algum cansaço e em determinadas ocasiões não ter conseguido ser fiel ao estilo de jogo". O campeão nacional permanece na China e ficou ontem a saber que vai defrontar, num dos próximos dias, o russo Andrey Rublev (68.º) no Open de Pequim.