Carros atrasados ultrapassam o safety car devido a uma deficiência da cronometragem e foi isso a gerar a reviravolta no Mundial
Corpo do artigo
Os regulamentos da Fórmula 1 dizem que os carros com uma ou mais voltas de atraso devem recuperá-las durante um período prolongado do safety car em pista e foi isso a colocar Max Verstappen na traseira de Lewis Hamilton para a última volta lançada do Grande Prémio de Abu Dhabi, permitindo-lhe a ultrapassagem que valeu o título mundial.
A decisão de mandar passar os atrasados é exclusiva do diretor da corrida - Michael Masi -, que deve analisar se existem condições de segurança para que essas manobras de efetuem.
Foi por considerar não existirem condições que Masi, depois de Nicholas Latifi se ter despistado na volta 53, comunicou (na volta 56) que "as ultrapassagens não são permitidas", dando na volta seguinte a ordem "carros atrasados podem agora ultrapassar", o que deixou Hamilton e Verstappen juntos na frente da corrida.
O diretor de corrida terá cometido um erro - e levou a um protesto da Mercedes -, ao apenas permitir a ultrapassagem dos cinco carros que estavam entre os dois pilotos que lutavam pelo título, quando o regulamento, no artigo 48.12, se refere a todos os concorrentes atrasados.
1470061591844507649
A regra, refira-se, não é do agrado dos pilotos e o ano passado levou a sérios protestos de Sebastian Vettel, dada a peculiaridade da sua origem: o sistema de cronometragem não consegue fazer o "reset" e atribuir mais uma volta aos concorrentes atrasados, baralhando as classificações quando o safety car os junta todos em pista.
O segundo protesto da Mercedes, relativo ao artigo 48.8, diz que nenhum carro pode ultrapassar outro estando o safety car em pista. Caso se prove que o Red Bull de Max Verstappen esteve na frente do Mercedes de Lewis Hamilton antes de passar a linha de meta sem o safety car, mesmo que momentaneamente, o neerlandês pode ser penalizado.